PAZ, Jakellyne Matos Da. Nível superior no brasil: avanços e retrocessos. Anais VII ENALIC... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/52306>. Acesso em: 23/11/2024 15:08
NÍVEL SUPERIOR NO BRASIL: AVANÇOS E RETROCESSOS. Jakellyne Matos da Paz/jakellynejk@hotmail.com/IFTO-Campus Araguatins Juliana Barros Carvalho/ IFTO-Campus Araguatins Eixo Temático: Políticas Educacionais, Avaliação e Currículo. Resumo A Educação de Nível Superior no Brasil apresentou durante os tempos, vários avanços e retrocessos, se tornando de fundamental importância, o estabelecimento de debates fraternos, em torno desse tema de importância estratégia para o país (BARROS, 2015). Mostrando com riqueza de detalhes as peculiaridades da vida acadêmica brasileira, os paradigmas pedagógicos, são temas amplamente discutidos, nesse trabalho, avaliando-se sempre o viés histórico de cada um desses assuntos, com o objetivo de comparar os avanços e retrocessos do ensino superior no Brasil. Esse presente estudo visa lançar mão de um olhar holístico, sobre a educação de nível superior no Brasil, utilizando para esse fim, um profundo estudo bibliográfico, em periódicos e em documentos oficiais, levantando toda e qualquer informação, que se mostre pertinente para essa obra. Desde a Idade Média, as universidades vêm assumindo um papel cada vez mais central, dentro das sociedades, influenciando até nos modelos de economia-política, nesse período histórico a igreja católica e o clero, tinha muita influência sobre todos os aspectos relacionados às coletividades, mas mesmo sobre forte pressão, as instituições universitárias ancestrais, localizadas na antiga Europa, conseguiam manter um bom grau de autonomia, podendo assim desenvolver ideologias, que pudessem ser aplicadas para o bem estar social (SOUZA, 2001). No que diz respeito à educação de nível superior do Brasil, seus avanços e retrocessos, é importante salientar algumas perspectivas, pautadas na história, na democratização, nos problemas contemporâneos, e nas peculiaridades inerentes à cultura educacional do país, permitindo assim se criar um estudo que possa descrever a realidade, de forma coerente, trazendo luz sobre esse tema que tem importâncias estratégias, para o desenvolvimento nacional (CARVALHO, 2000). O Brasil em relação a outros países do mundo, desenvolveu retardatariamente sua educação de nível superior, que nasceu como uma ferramenta para formação de uma elite, descendente do baronato escravista; a quantidade de instituições e de cursos era ínfima, e as universidades eram fortemente ligadas ao estado, essa estrutura ao longo do tempo, criou uma lógica de impasse, existia uma grande demanda por educação de nível superior, que forçou o surgimento de instituições em grande quantidade, mas com pouca qualidade (ARRIADA, 2012). As primeiras instituições de nível superior do país surgiram com a vinda da família real para o Brasil, que se manteve instalada no Rio de janeiro, essas escolas de nível superior buscavam suprir uma demanda reprimida, em algumas áreas, que mostravam insuficiente número de profissionais, o modelo de ensino era fortemente influenciado pelo paradigma pedagógico da universidade portuguesa de Coimbra. Nesse ínterim em 1808, foram fundadas as escolas de Cirurgia e Anatomia do Rio de Janeiro e de Salvador, além da Academia da Guarda Marinha localizada no Rio (CAVALCANTE, 2000). Até meados de 1889 o ensino superior brasileiro caminhava a passos lentos, formando principalmente carreiras ligadas, ao profissionalismo liberal (médicos, advogados, etc.), as instituições não eram interligadas e apresentavam alto grau de isolamento; só a partir de 1920 que, pois se em debate, a necessidade de se desenvolver um sistema de ensino superior mais abrangente, nessa época se discutia a função social das instituições universitárias, nessas discussões os intelectuais, defendiam o desenvolvimento de um ambiente propicio para o pleno desenvolvimento da ciência (SOUZA, 2001). MARTINS (2002, p.1) Afirma que "Foi somente no Governo de Getúlio Vargas, que se desenvolveu uma profunda reforma na educação, que acabou por regulamentar as instituições de nível superior nacionais". Durante o período compreendido entre 1945 e 1969, houve uma intensa movimentação entre as agremiações estudantis, apoiada por alguns jovens professores, que buscavam entre outras medidas, a liberdade de cátedra, a construção de um plano de carreira com diretrizes claras, e uma expansão do sistema de ensino superior como um todo (BARROS, 2015). Era notório que o público atendido pelas instituições de nível superior, nessa época, era constituído em sua maior parte, por pessoas com elevado poder aquisitivo, então por muito tempo se pregou o fim do elitismo, e a implantação de um sistema de equalização social, garantindo o acesso as vagas, até mesmo a alunos menos favorecidos (MASETTO, 2002). Segundo Martins (2002, p.1) "no regime militar, ocorreu uma série de mudanças, que modificaram drasticamente o modelo de ensino das IES (instituições de ensino superior)", as agremiações estudantis foram eliminadas, junto com suas lideranças, a base curricular foi alterada, dando uma maior ênfase a modalidade profissionalizante, a gestão da produção científica, foi centralizada nas instituições federais; logo após se desenvolveu uma onda de incentivo maciço, aos programas de pós-graduação, junto com mecanismos de formação docente (MARTINS, 2002). Os estudos desse presente trabalho, foram conduzidos no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins-Campus Araguatins, os dados referentes à pesquisa bibliográfica, foram sintetizados por meio de avaliação de bancos de dados em meios impressos e online, sendo os principais bancos de dados a plataforma SciELO e o Google Acadêmico, onde foram consultados vários artigos específicos, buscando-se sempre variedade e veracidade dentro das informações; foram consultados inúmeros periódicos e artigos, com intuito de se levantar um arcabouço técnico que pudesse representar o nível superior no Brasil seus avanços e retrocessos. No que diz respeito à natureza da pesquisa, a mesma tem caráter qualitativo, pois buscou avaliar cada uma das particularidades da evolução do nível superior no Brasil conforme seu histórico e perspectivas restringindo o foco da análise ao que se mostra pertinente para o público acadêmico, trazendo uma visão multivariada à interpretação dos dados, similar ao que é encontrado em sistemas de "Big data" que é um aglomerado de informações pertinentes a um determinado tema, amplamente utilizado nos meios corporativos. Constatou-se que são as instituições de nível superior, que historicamente estão relacionadas ao desenvolvimento tecnológico, cientifico e cultural somente com uma educação de nível superior eficiente, e que as pessoas poderão acessar esse nível de pensamento, podendo assim emancipar um estilo de vida de bem-estar social (CORREA, 2013). Como foi mostrado nesse trabalho, muito já foi feito, mas ainda a muito por fazer, por esse setor tão estratégico. Palavras-chave: Educação Universitária, Histórico, Perspectivas. Referências ARRIADA, E.; NOGUEIRA, G.M; VAHL, M.M. A sala de aula no século XIX: disciplina, controle e organização. Conjectura, São Paulo, 2012. BARROS, A.S.X. Expansão da Educação Superior No Brasil: Limites e Possibilidades. Campinas: Secretaria Estadual de Educação de Pernambuco, 2015. CARVALHO, M.M.C. Modernidade Pedagógica E Modelos De Formação Docente. São Paulo Perspec, São Paulo, 2000. CAVALCANTE, J.F. Educação superior: conceitos, definições e classificações. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, 2000. CORREA, G.T. & RIBEIRO, V.M.B. A formação pedagógica no ensino superior e o papel da pós-graduação stricto sensu. Educ. Pesquisa, 2013. MASETTO, M.A. Docência na universidade. 4. ed. Campinas: Papirus, 2002. MARTINS, A.C.P. Ensino superior no Brasil: da descoberta aos dias atuais. Disponível em: Acesso em: 15 de set. 2018. SOUZA, P.N. LDB e Educação Superior: estrutura e funcionamento. 2. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.