Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO E DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA SOBRE A ANUROFAUNA DO CERRADO: FAMÍLIA DENDROBATIDAE

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Para a formação e desenvolvimento de uma sociedade baseada no conhecimento científico, é imprescindível que haja a educação e a geração de uma cultura científica, onde o processo de ensino-aprendizagem aconteça nos mais diferentes espaços e momentos, em ambientes formais ou informais de ensino, no intuito de gerar saberes, valores e habilidades específicas, fundamentadas no que é produzido no meio científico, para que possam ser vivenciadas, ou apenas percebidas, diariamente nas mais simples atividades cotidianas. Bem como, uma noção de todo, de espaço, de mundo, de interações, de globalização, de economia, de política, de saúde e afins. Ou seja, fatores externos à formação acadêmica tradicional do indivíduo, onde a educação tenha um papel envolvente e de abstração, fazendo possível estabelecer conexões a todo momento, salientando a importância desses pontos a serem expostos, divulgados e reforçados nos variados ambientes. O conhecimento deve transpor as paredes escolares, deve permear os ambientes externos "extramuros", i.e., fora das escolas. Dessa forma, a produção de material didático não atrelado às práticas de ensino tradicionais surgem com novas propostas e dinâmicas para o processo de ensino-aprendizagem, trespassando as barreiras socialmente impostas de ser o professor o único detentor do conhecimento e passando a colocá-lo como um mentor, que apenas direciona o aprendizado, deixando que o aluno seja o fomentador das suas próprias descobertas. Além de ser uma forma descomplicada de promover divulgação científica, sem ficar preso aos processos que já se tornaram monótonos para os alunos, estimula o processo de disseminação da informação, por meio da comoção dos alunos ante ao material produzido, favorecendo que este se torne um divulgador do conhecimento por si só e atinja a parcela significativa da comunidade na qual está inserido. Somente através do conhecimento, o indivíduo será capaz de compreender o mundo em que vive, em sua total extensão e complexidade, garantindo uma melhor tomada de decisão, que irá afetar a sua vida cotidiana, seja no presente ou no futuro. Dar cada vez mais acesso a esse conhecimento é o principal objetivo da divulgação científica. Para tanto, a produção de uma cartilha sobre a anurofauna do Cerrado voltada à estudantes do ensino médio de escolas públicas do Distrito Federal, objetiva gerar conhecimento e posterior preservação da diversidade de espécies da herpetofauna, muitas vezes consideradas como menos importantes pelo público leigo, e particularmente da anurofauna, composta por espécies bastante sensíveis às mudanças e alterações do meio. Para idealização do conteúdo da cartilha foi realizada análise dos livros didáticos adotados nas escolas públicas de ensino médio do Distrito Federal e avaliada a abordagem apresentada nesses materiais sobre a herpetofauna nativa do Brasil, em especial do Cerrado. Posteriormente, foi realizado levantamento bibliográfico para definir qual clado e espécies seriam usadas como espécies-bandeira e foco da divulgação cientifica, tomando como base o apelo popular, carisma, importância para a ciência, e.g., potencial farmacológico, risco de extinção por mudanças climáticas/ações antropogênicas etc. Após seleção da anurofauna, as características observadas nas famílias selecionadas para a produção dos textos foram: vocalização, distribuição geográfica, imagens, hábitos, coloração, potência e possível uso da toxina. Foi elaborado modelo de cartilha onde cada espécie traz consigo um mapa de distribuição geográfica, uma imagem e um código (QR Code) que direcione para um link com a vocalização, além de curiosidades a respeito do animal. A cartilha conta também com uma breve introdução sobre a família Dendrobatidae e o Cerrado, bem como ideais de conservação e preservação do ecossistema e dos organismos presentes. Ao final da cartilha estão relacionadas algumas práticas que podem ser adotadas e linhas de raciocínio que auxiliam na manutenção desta família no ecossistema. Foram analisadas três coleções de livros didáticos, levantados dados de nove espécies e construído um resumo a respeito da família Dendrobatidae, dividido nas seções: Visão geral dos dendrobatídeos; Espécies e suas curiosidades; e Uso de espécies-bandeiras para tratar de questões ambientais. É tido que a divulgação científica é o apogeu do processo científico, e há vários métodos de o fazer, cada qual com intenções diferentes. Muitos projetos que utilizaram espécies-bandeira como seus porta-vozes lograram êxito em suas ações de preservação e conservação do meio ambiente a qual essas espécies estão inseridas. Um bom exemplo é o de conservação do mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) que, na época, amenizou o desmatamento da mata atlântica e comoveu milhares de pessoas, principalmente as diretamente ligadas ao habitat em questão, mostrando que um bom trabalho de divulgação científica surge do sólido conhecimento científico e de efetivos métodos de disseminação desse conhecimento. Referências BORGES, Regina Maria Rabello; LIMA, VM do R. Tendências contemporâneas do ensino de Biologia no Brasil. Revista electrónica de Enseñanza de las Ciências, v. 6, n. 1, p. 165-175, 2007. LORDÊLO, F. S.; PORTO, C. M. Divulgação científica e cultura científica: conceito e aplicabilidade. Revista Ciência em Extensão, v. 08, p. 18/01-34, 2012. RAMBALDI, D. M. 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Para a formação e desenvolvimento de uma sociedade baseada no conhecimento científico, é imprescindível que haja a educação e a geração de uma cultura científica, onde o processo de ensino-aprendizagem aconteça nos mais diferentes espaços e momentos, em ambientes formais ou informais de ensino, no intuito de gerar saberes, valores e habilidades específicas, fundamentadas no que é produzido no meio científico, para que possam ser vivenciadas, ou apenas percebidas, diariamente nas mais simples atividades cotidianas. Bem como, uma noção de todo, de espaço, de mundo, de interações, de globalização, de economia, de política, de saúde e afins. Ou seja, fatores externos à formação acadêmica tradicional do indivíduo, onde a educação tenha um papel envolvente e de abstração, fazendo possível estabelecer conexões a todo momento, salientando a importância desses pontos a serem expostos, divulgados e reforçados nos variados ambientes. O conhecimento deve transpor as paredes escolares, deve permear os ambientes externos "extramuros", i.e., fora das escolas. Dessa forma, a produção de material didático não atrelado às práticas de ensino tradicionais surgem com novas propostas e dinâmicas para o processo de ensino-aprendizagem, trespassando as barreiras socialmente impostas de ser o professor o único detentor do conhecimento e passando a colocá-lo como um mentor, que apenas direciona o aprendizado, deixando que o aluno seja o fomentador das suas próprias descobertas. Além de ser uma forma descomplicada de promover divulgação científica, sem ficar preso aos processos que já se tornaram monótonos para os alunos, estimula o processo de disseminação da informação, por meio da comoção dos alunos ante ao material produzido, favorecendo que este se torne um divulgador do conhecimento por si só e atinja a parcela significativa da comunidade na qual está inserido. Somente através do conhecimento, o indivíduo será capaz de compreender o mundo em que vive, em sua total extensão e complexidade, garantindo uma melhor tomada de decisão, que irá afetar a sua vida cotidiana, seja no presente ou no futuro. Dar cada vez mais acesso a esse conhecimento é o principal objetivo da divulgação científica. Para tanto, a produção de uma cartilha sobre a anurofauna do Cerrado voltada à estudantes do ensino médio de escolas públicas do Distrito Federal, objetiva gerar conhecimento e posterior preservação da diversidade de espécies da herpetofauna, muitas vezes consideradas como menos importantes pelo público leigo, e particularmente da anurofauna, composta por espécies bastante sensíveis às mudanças e alterações do meio. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

As ações de divulgação científica vêm, ao longo dos últimos anos, sendo uma das temáticas mais abordadas por diferentes áreas, sejam de governos, instituições de ensino, centros de pesquisa etc., consequentemente, vive-se uma grande mobilização para a construção de uma cultura científica, ante a vasta remessa de informação que é acessada com muito mais facilidade e rapidez, e considerando que nem toda fonte é confiável, a fundamentação científica se torna um bem de valioso auxílio para a promoção do censo crítico e reflexivo. Formar cidadãos conscientes e atuantes nos mais diferentes campos, como na geração de um ambiente saudável, na promoção de bem-estar, na proteção de populações vulneráveis, na prestação de serviços e assistência básica é imperativo para o nosso futuro. Para a formação e desenvolvimento de uma sociedade baseada no conhecimento científico, é imprescindível que haja a educação e a geração de uma cultura científica, onde o processo de ensino-aprendizagem aconteça nos mais diferentes espaços e momentos, em ambientes formais ou informais de ensino, no intuito de gerar saberes, valores e habilidades específicas, fundamentadas no que é produzido no meio científico, para que possam ser vivenciadas, ou apenas percebidas, diariamente nas mais simples atividades cotidianas. Bem como, uma noção de todo, de espaço, de mundo, de interações, de globalização, de economia, de política, de saúde e afins. Ou seja, fatores externos à formação acadêmica tradicional do indivíduo, onde a educação tenha um papel envolvente e de abstração, fazendo possível estabelecer conexões a todo momento, salientando a importância desses pontos a serem expostos, divulgados e reforçados nos variados ambientes. O conhecimento deve transpor as paredes escolares, deve permear os ambientes externos "extramuros", i.e., fora das escolas. Dessa forma, a produção de material didático não atrelado às práticas de ensino tradicionais surgem com novas propostas e dinâmicas para o processo de ensino-aprendizagem, trespassando as barreiras socialmente impostas de ser o professor o único detentor do conhecimento e passando a colocá-lo como um mentor, que apenas direciona o aprendizado, deixando que o aluno seja o fomentador das suas próprias descobertas. Além de ser uma forma descomplicada de promover divulgação científica, sem ficar preso aos processos que já se tornaram monótonos para os alunos, estimula o processo de disseminação da informação, por meio da comoção dos alunos ante ao material produzido, favorecendo que este se torne um divulgador do conhecimento por si só e atinja a parcela significativa da comunidade na qual está inserido. Somente através do conhecimento, o indivíduo será capaz de compreender o mundo em que vive, em sua total extensão e complexidade, garantindo uma melhor tomada de decisão, que irá afetar a sua vida cotidiana, seja no presente ou no futuro. Dar cada vez mais acesso a esse conhecimento é o principal objetivo da divulgação científica. Para tanto, a produção de uma cartilha sobre a anurofauna do Cerrado voltada à estudantes do ensino médio de escolas públicas do Distrito Federal, objetiva gerar conhecimento e posterior preservação da diversidade de espécies da herpetofauna, muitas vezes consideradas como menos importantes pelo público leigo, e particularmente da anurofauna, composta por espécies bastante sensíveis às mudanças e alterações do meio. Para idealização do conteúdo da cartilha foi realizada análise dos livros didáticos adotados nas escolas públicas de ensino médio do Distrito Federal e avaliada a abordagem apresentada nesses materiais sobre a herpetofauna nativa do Brasil, em especial do Cerrado. Posteriormente, foi realizado levantamento bibliográfico para definir qual clado e espécies seriam usadas como espécies-bandeira e foco da divulgação cientifica, tomando como base o apelo popular, carisma, importância para a ciência, e.g., potencial farmacológico, risco de extinção por mudanças climáticas/ações antropogênicas etc. Após seleção da anurofauna, as características observadas nas famílias selecionadas para a produção dos textos foram: vocalização, distribuição geográfica, imagens, hábitos, coloração, potência e possível uso da toxina. Foi elaborado modelo de cartilha onde cada espécie traz consigo um mapa de distribuição geográfica, uma imagem e um código (QR Code) que direcione para um link com a vocalização, além de curiosidades a respeito do animal. A cartilha conta também com uma breve introdução sobre a família Dendrobatidae e o Cerrado, bem como ideais de conservação e preservação do ecossistema e dos organismos presentes. Ao final da cartilha estão relacionadas algumas práticas que podem ser adotadas e linhas de raciocínio que auxiliam na manutenção desta família no ecossistema. Foram analisadas três coleções de livros didáticos, levantados dados de nove espécies e construído um resumo a respeito da família Dendrobatidae, dividido nas seções: Visão geral dos dendrobatídeos; Espécies e suas curiosidades; e Uso de espécies-bandeiras para tratar de questões ambientais. É tido que a divulgação científica é o apogeu do processo científico, e há vários métodos de o fazer, cada qual com intenções diferentes. 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