Esta pesquisa-ação foi desenvolvida no Ensino Médio, numa escola pública de Campina Grande-PB, no ano de 2012, em que foi verificado que o uso de revistas na sala de aula: Capricho, Cláudia, Atrevida, Época, Isto É, Veja, entre outras, favoreceu ao aluno(a) o interesse pela leitura e o diálogo em grupo, em que o estudante se posicionou criticamente em sala de aula. Para o aporte teórico, optamos pela abordagem interacionista sociodiscursiva (BRONCKART, 1999) e pela linguística aplicada indisciplinada (MOITA LOPES, 2002), bem como as contribuições de Freire (2007), Bauman (2009), Dias da Silva (2008; 2007) entre outros autores. Os participantes da pesquisa foram estudantes do 1º Ano, diurno, cujo interesse focava nas mídias que circulavam socialmente, sujeitos estigmatizados “diferentes,” “fracos” e “indisciplinados”, em destaque os gays, dotados de uma história de fracasso escolar, que apresentavam dificuldades na leitura e na escrita. Dada à problemática citada, foi organizado um quadro de ações educativas a serem desenvolvidas durante os três primeiros bimestres, no sentido de minimizar a problemática da turma supracitada. No final, observou-se um quadro satisfatório, quanto ao nível de aprendizagem e participação nas aulas, de modo geral, em relação à leitura de textos, com atitudes propícias à compreensão do que foi lido, em que o texto foi encarado não como um simples produto da codificação de um emissor a ser decodificado por um receptor passivo, mas servindo-lhes como forma de conhecimento do mundo, meio para a atuação no mundo e possibilidade de imposição de suas histórias e formas de vida em sociedade complexa e diversa.