POR MEIO DA ANÁLISE DOS CONTEÚDOS ABORDADO NOS LIVROS DE LÍNGUA PORTUGUESA, QUE SÃO DISPONIBILIZADOS PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC), ENTRE 1996 E 2012, PARA AS ESCOLAS BRASILEIRAS, SEJAM ELAS PÚBLICAS E/OU PRIVADAS. PODEMOS PERCEBER A AUSÊNCIA DE AUTORAS DA LITERATURA BRASILEIRA DO SÉCULO XIX NOS LIVROS DIDÁTICOS, MAS ESPECIFICAMENTE NA ESCOLA LITERÁRIA ROMÂNTICA. ESSE FOI UM PERÍODO EM QUE SE ASCENDIA A FORMAÇÃO DE UMA IDENTIDADE NACIONALISTA, NO QUAL A LITERATURA COMEÇA A SE DESVINCULAR DAS ESCOLAS LITERÁRIAS ESTRANGEIRAS, UNIFICANDO-SE COM A POLÍTICA, DE FORMA QUE DEFENDESSE A SUA CULTURA E QUE ELA SE TORNASSE MAIS HEGEMÔNICA. DIANTE DISSO, AS MULHERES NÃO ERAM CONVIDADAS PARA FAZEREM PARTE DESSA TRAJETÓRIA, DE MODO QUE NUNCA ESTAVAM LIGADAS AS QUESTÕES POLÍTICAS, POIS SE ACREDITAVA QUE A MULHER PODERIA PREJUDICAR TODA ESSA MUDANÇA TANTO NA LITERATURA, COMO NA POLÍTICA. ACREDITAVA-SE QUE ELAS NÃO POSSUÍAM UMA IMAGEM DO MODELO DE UMA IDENTIDADE NACIONAL, DE MODO QUE NÃO FIZERAM PARTE DA REPRESENTAÇÃO DO ROMANTISMO BRASILEIRO. POR MEIO DOS ESTUDOS PODEMOS CONHECER GRANDES AUTORAS BRASILEIRAS DESSA ÉPOCA COMO MARIA FIRMINO DOS REIS E JÚLIA LOPES DE ALMEIDA. DOS ANOS DE 1930 ATÉ HOJE, OS MOVIMENTOS FEMINISTAS TIVERAM GRANDE ASCENSÃO, NOS QUAIS AS MULHERES CONSEGUIRAM ADQUIRIR ALGUMAS CONQUISTAS, MAS AINDA NÃO CONSEGUIMOS VER MULHERES OCUPANDO LUGARES PARA SUAS REPRESENTATIVIDADES. NOS LIVROS DIDÁTICOS SOMENTE VEMOS ESCRITORAS BRASILEIRAS NO MODERNISMO. DIANTE DISSO, É IMPORTANTE ENTENDER ONDE ESTÃO ESSAS ESCRITORAS EM SEU TEMPO E O PORQUÊ SUA REPRESENTAÇÃO ENQUANTO ESCRITORA FOI NEGADA PELA SOCIEDADE.