AS SEXUALIDADES FAZEM PARTE DO QUE SOMOS E É IMPOSSÍVEL NOS DESPIRMOS DELAS. SENDO ASSIM, ESTÃO
PRESENTES NOS LUGARES ONDE NOS ENCONTRAMOS E SOCIALIZAMOS. A ESCOLA APARECE COMO UM DESSES
ESPAÇOS. SENDO ASSIM, ESTA PESQUISA PARTE DA NECESSIDADE DE IDENTIFICAR QUAIS OS LUGARES QUE AS
VIVÊNCIAS DAS SEXUALIDADES TÊM OCUPADO DENTRO DA ESCOLA E O QUE ISSO TEM CAUSADO NOS SUJEITOS QUE AS
VIVENCIAM E NAQUELAS/ES QUE AS PERCEBEM. A INSPIRAÇÃO ETNOGRÁFICA SE FEZ EFICAZ NESSA BUSCA, POIS
MUITO CONTRIBUIU COM A APROXIMAÇÃO COM OS SUJEITOS, O CONTEXTO, A IDENTIFICAÇÃO E COMPREENSÃO DOS
SIGNIFICADOS QUE EMERGIRAM DURANTE A PERMANÊNCIA EM CAMPO. A PESQUISA FOI DESENVOLVIDA EM UMA
INSTITUIÇÃO DE ENSINO MÉDIO DA REDE PÚBLICA DO ESTADO DO CEARÁ. TEVE COMO PRESSUPOSTO A
COMPREENSÃO DE QUE A ESCOLA TEM SILENCIADO E NEGADO A DISCUSSÃO ACERCA DAS SEXUALIDADES AO LONGO DE
SUA EXISTÊNCIA. A FALTA DE CONHECIMENTO, ESCLARECIMENTO E COMPREENSÃO SOBRE O TEMA É UMA DAS
CONSEQUÊNCIAS DESSA POSTURA E ISSO FICA CLARO NAS REFLEXÕES AQUI REALIZADAS, A PARTIR DA REALIDADE
OBSERVADA, DOS RELATOS DOS SUJEITOS E DO CONTEXTO SOCIOCULTURAL E POLÍTICO EM QUE VIVEMOS. PODE-SE
PERCEBER QUE A ESCOLA NÃO RECONHECE A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM DAS SEXUALIDADES, MAS QUE ELAS ESTÃO
EM SEU CONTEXTO E QUE HÁ CONSEQUÊNCIAS SÉRIAS EM SEU “OCULTAMENTO” POR PARTE DA INSTITUIÇÃO. COM OU
SEM A IDENTIFICAÇÃO E RECONHECIMENTO DA ESCOLA, ESTUDANTES VIVENCIAM SUAS SEXUALIDADES DENTRO DELA, E
ESSA PRÁTICA POR SI SÓ JÁ IMPELE A NECESSIDADE URGENTE DE SE PRIORIZAR O DEBATE DENTRO DA ESCOLA.