OS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA POSSUEM, HISTORICAMENTE, POUCO ENFOQUE EM QUESTÕES RELACIONADAS
À COMPETÊNCIA CULTURAL DO ESTUDANTE. CONTUDO, TEM HAVIDO UMA CRESCENTE ATENÇÃO PARA OS EFEITOS DE
DISPARIDADES RACIAIS, ÉTNICAS E SOCIOECONÔMICAS NO ESTADO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO, ASSIM COMO PARA A
CAPACIDADE DOS SISTEMAS DE FORNECER CUIDADOS A PACIENTES COM DIVERSOS VALORES, CRENÇAS E
COMPORTAMENTOS. O PRESENTE ARTIGO TEM O OBJETIVO DE APRESENTAR O RELATO DE EXPERIÊNCIA DE DOIS CURSOS
MINISTRADOS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) DURANTE PERÍODOS SUPLEMENTARES REMOTOS. OS
MÉTODOS UTILIZADOS NOS CURSOS FORAM VIDEOAULAS GRAVADAS, DISCUSSÕES ON-LINE, FÓRUNS DE DISCUSSÃO
ASSÍNCRONA E ESCRITA COLABORATIVA NA FERRAMENTA WIKI, UTILIZANDO, PRINCIPALMENTE, AS PLATAFORMAS DO
MOODLE CLASSES E GOOGLE MEET. ESSES CURSOS, DENOMINADOS “ESTIGMA E DISCRIMINAÇÃO NA ATENÇÃO À
SAÚDE” E “DIVERSIDADE CULTURAL E ÉTNICA NA MEDICINA” POSSIBILITARAM DISCUSSÕES REFLEXIVAS SOBRE O
PRECONCEITO, A DISCRIMINAÇÃO E O ESTIGMA NA ÁREA DA SAÚDE. FORAM DEFINIDOS OS OBJETIVOS INSTRUCIONAIS E
AS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES PARA O CURSO, QUE POSSIBILITARAM O APRENDIZADO, POR MEIO DE METODOLOGIAS
ATIVAS, DE COMO O PROFISSIONAL DE SAÚDE DEVE LIDAR COM A DIVERSIDADE HUMANA E TRATAR AS POPULAÇÕES
MINORITÁRIAS COM DIGNIDADE E RESPEITO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE. OS CURSOS FORNECERAM UMA INTRODUÇÃO AO
ESTUDO DA DIVERSIDADE ENQUANTO CURSOS-PILOTOS PARA INTRODUÇÃO DA DISCIPLINA DE DIVERSIDADE CULTURAL NA
MEDICINA, A SER INSERIDA NA NOVA GRADE NUCLEAR DO CURRÍCULO DE MEDICINA DA UFPB ENFOCANDO, DE FORMA
CRÍTICO-REFLEXIVA, AS CARACTERÍSTICAS DA DISCRIMINAÇÃO E DO ESTIGMA QUE PODEM PERMEAR O TRABALHO EM
SAÚDE.