Atualmente, vivenciamos ataques a todas as instituições que sustentam a democracia, coordenados por grupos de extrema direita, anti-democráticos, que desejam manter o status quo da sociedade, perpetuando a divisão entre classes: dominante e dominada. Entre as instituições democráticas, a escola vem sendo alvo de fortes investidas da classe dominante, pela função social de humanização que lhe cabe, sobretudo em relação à socialização dos conhecimentos sistematizados que possibilitam à classe trabalhadora intervir, criticamente, na realidade, tarefa que imprescinde da atuação dos(as) professores(as), de sua práxis. Nesse sentido, a formação destes profissionais precisa contemplar sólido referencial teórico-metodológico que lhes permita atuar na direção de uma prática educativa transformadora, a exemplo da Pedagogia Histórico-Crítica (PHC), a qual propõe articular os conhecimentos científico-pedagógico e filosóficos à superação do saber compartimentalizado, defendendo a socialização de tais conhecimentos à transformação da sociedade no tocante à superação do modo de produção capitalista e portanto da sociedade de classes. Diante do exposto, o presente trabalho objetiva refletir sobre o potencial da PHC no fortalecimento da formação de professores(as), como prática social democrática, comprometida com a emancipação humana, no qual é necessário o pensamento dialético, no qual a prática e teoria são partes do mesmo ato educativo. Trata de um estudo de cunho teórico, produzido no âmbito do desenvolvimento do Projeto de Iniciação Científica intitulado Ensino de Ciências e Biologia, formação de professores e Pedagogia Histórico-Crítica: em busca de aproximações, vinculado ao Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu (FECLI), unidade da Universidade Estadual do Ceará, imprescinde. A PHC contribui no sentido de uma formação que possibilite aos(às) futuros(as) docentes a construção de um fazer crítico e interventivo sobre a prática social, de forma que compreendam-se co-partícipes de processos emancipatórios de transformação social.