O estudo que originou este artigo é do tipo qualitativo, documental e de perspectiva histórico-dialética, cujo objetivo é refletir sobre aproximações e afastamentos da formação profissionalizante da área do empreendedorismo em relação Mundo do trabalho e à formação humana, mediante a análise do plano de curso, com foco no perfil profissional do Instituto Federal de Roraima- IFRR, especificamente no curso FIC de Microempreendedor Individual (MEI) com 160 horas. A análise foi feita com base nas relações estabelecidas entre perfis profissionais e alguns dispositivos político-legais. A explicitação do Mundo do Trabalho na descrição dos perfis é concretizada, por meio da análise do mapa de demandas da Setec/MEC na qual traça o perfil social das necessidades trabalhistas por município brasileiro. Essa necessidade de empreender vai ao encontro dos catálogos nacionais dos cursos FIC nas versões utilizadas das áreas profissionais em foco. No Projeto Político Pedagógico dos Cursos FIC no IFRR com ênfase nos cursos empreendedorismo, sobressai nas justificativas e tendências o enfoque explícito ao mundo do trabalho. Há apropriação de conceitos potencializadores da lógica neoliberal, mesmo com indicação de ‘formação crítica’. É desafiante a proposição de formação humana e a favor do empreendedorismo na educação profissional de nível inicial considerando-se os avanços da lógica neoliberal.