A criação de universidades na década de 1930 colaborou para a estruturação científica da Geomorfologia no Brasil, pois desde os primeiros cursos de Geografia, a Geomorfologia encontra-se presente na formação de professores. A USP (Universidade de São Paulo) possui grande destaque na formação dos primeiros Geomorfólogos. Autores como Aziz Ab’Saber e João Dias Silveira sofreram forte influência da escola Francesa de Geografia. Na década de 1950 se iniciou um uso tímido de fotografias aéreas para o estudo da Geomorfologia e em 1960 foi consolidado o paradigma climático na Geomorfologia Brasileira. (FLORENZANO, 2008). É possível atestar que a Geomorfologia é uma ciência recente e vem produzindo amplos debates, principalmente sobre os seus ensinos-aprendizagem. Torna-se necessário formular novas metodologias para seu ensino, ou seja, possibilidades que facilitem a compreensão dos alunos nos conteúdos voltados a Geomorfologia. A Geografia no Ensino Fundamental II aparece no conjunto de ciências humanas e possui recortes específicos em Geografia Física e Geografia Humana. No entanto, aspectos da Geografia Física são contemplados de forma geral, como é o caso do ensino da Climatologia, Geomorfologia, Hidrografia e Pedologia de forma integrada nos livros didáticos. Para a BNCC (2018), a generalização do ensino de Geografia Física trata-se de compreender o conceito de natureza e a interação entre sociedade e natureza. Todavia, generalizar a Geografia Física no ensino básico contribui para a carência no ensino quando se trata de Geomorfologia, visto que, o livro didático é a base para que o professor possa ministrar suas aulas e os que foram analisados não apresentam clareza e demonstram superficialidade. É nesse sentido que o presente trabalho pretende contribuir, tanto para expor as dificuldades de se ensinar Geomorfologia, quanto para buscar possibilidades de um ensino mais interativo para alunos e professores, através do levantamento bibliográfico e desenvolvimento de ferramentas.