Este artigo tem como cerne a discussão sobre a importância dos estudos de Gênero e Sexualidade no âmbito da Geografia, visto que o debate sobre o tema se tornou premente na contemporaneidade. Desigualdade social, luta de classes, população, economia, etnicidades, territorialidade, espacialidade da cultura e demais fenômenos sociais são abordados na disciplina de Geografia, e é inverossímil a não compreensão da importância dos estudos sobre o Gênero e a Sexualidade para a apropriação da realidade socioespacial, principalmente no século XXI. Para tanto, a ciência geográfica tem como escopo a interpretação da sociedade e sua relação com o espaço, suas apropriações e transformações. Assim, preconceitos, desigualdades, homofobia, transfobia, sexualidade, gênero e demais discriminações interferem em como as inúmeras formas de vivenciar o gênero, principalmente os corpos dissidentes, agem e se apropriam de determinados espaços e vivências. A metodologia utilizada refere-se a um levantamento bibliográfico com base em autores como Foucault (1988); Butler (2008); Ornat (2009); Silva (2014) dentre outros para embasar a discussão deste estudo. Portanto, percebe-se a partir dessas matrizes do pensamento sobre o tema, que os fenômenos sociais impactam de forma diferente na vivência dos gêneros e de sua sexualidade, concebendo aspectos díspares e complexos de ocupação e relação com o espaço por meio do poder que os determinam.