FIDELIS, Simone Santos et al.. Roda de histórias na educação infantil. Anais I CINTEDI... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/9221>. Acesso em: 24/11/2024 22:11
Trabalhar a literatura em sala de aula ou em outro ambiente é um direito e a possibilidade de proporcionar na criança uma criticidade, pois nos será apresentada outras culturas. Segundo Iser, (apud Riter) “O bom texto é aquele, que propicia deleite, reflexão e transformação.” Por isso, aplicamos na Creche Mãezinha do Coque duas rodas de histórias com os livros Adivinha Quanto Te Amo e Pato! Coelho!.Escolhemos os livros por apresentarem o uso não utilitário da linguagem, a vivência imaginativa e participação ativa do leitor. Dentro destes aspectos buscamos alcançar no leitor uma reflexão e transformação da realidade. No primeiro livro a motivação foi realizada com uma brincadeira de adivinhações de acordo com a idade deles - apresentação do livro e título, autor e ilustrador, mais perguntas de conhecimentos prévios. No livro 2 na motivação apresentamos uma caixa preta com dois bichinhos – coelho e pato – e pedimos que cada um colocasse a mão dentro da caixa sem olhar e nos dissessem o que estava dentro como também apresentamos o livro título, autor e ilustrador, mais perguntas de conhecimentos prévios. Realizamos a leitura dos livros com uma mediadora, alternando as vozes dos personagens e ao longo do texto fazendo perguntas de previsões do texto. Na extrapolação pintamos os rostos de todos como coelhinhos e pediremos que as crianças desenhem com tinta guache o personagem que mais gostaram. Realizamos a leitura dos livros com uma mediadora, alternando as vozes dos personagens e ao longo do texto fazendo perguntas de previsões do texto. Na primeira roda encontramos dificuldades ao apresentarmos as adivinhações, mesmo sendo fáceis, as respostas não foram as esperadas por nós, porém não foram erradas, elas apenas associaram seus conhecimentos e respondiam tal como. Por exemplo, “1) O que é que é que anda pulando e adora comer cenoura?” Alguns disseram que era ele, pois ele comia cenoura no almoço, outro completou dizendo que também comia. Na exploração iniciamos uma conversa com perguntas objetivas como “quem são os personagens do livro?” e subjetivas como “o amor é medido?”. Na segunda roda formou um grande círculo e passamos em cada um com a caixa e pedimos que eles dissessem o que sentiam, alguns diziam: fofinho, bichinho de pelúcia e urso banda. Exploração do texto de início houve um silêncio, mas uma das crianças disse que era um “pato-coelho”, como se fosse um animal só e extrapolação ocorreu como planejado. Portanto destacamos que as oficinas das rodas foram de suma importância, pois proporcionou a nós aprendizagens que vai desde o teórico a experiencial. Sendo também apreendido por nós que contar história não é apenas chegar e ler uma história sem sentido para nós, só ler a história porque tem tempo de sobra e não sabemos o que fazer com esse tempo. Ler é ato de reflexão, de mudança de imaginação e promoção da cidadania.