O KARATE DO FILME “A ARTE DA AUTODEFESA”: UM CAMINHO PARA TORNAR-SE O QUE SE TEME
"2023-03-24 15:28:47" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php #connection: "mysql" +table: "artigo" #primaryKey: "id" #keyType: "int" +incrementing: true #with: [] #withCount: [] +preventsLazyLoading: false #perPage: 15 +exists: true +wasRecentlyCreated: false #escapeWhenCastingToString: false #attributes: array:35 [ "id" => 92372 "edicao_id" => 313 "trabalho_id" => 146 "inscrito_id" => 112 "titulo" => "O KARATE DO FILME “A ARTE DA AUTODEFESA”: UM CAMINHO PARA TORNAR-SE O QUE SE TEME" "resumo" => "Casey, um pacato cidadão que leva normalmente sua vida, entre trabalho e convivência com seu melhor amigo, um pequeno cão, tem sua rotina totalmente alterada depois que é espancado por uma gangue, acontecimento que provoca em sua rotina acentuadas transformações. Uma delas é matricular-se num peculiar, e infame, dojo de karate. A breve descrição é do filme estadunidense “A Arte da Autodefesa”, de 2019, dirigido por Riley Stearns, objeto de análise desta pesquisa. Dentre os diversos elementos para serem discutidos na obra, elencamos o problema da constituição social dos corpos pela violência associada à masculinidade, e como essa questão é trazida de forma caricata e ácida na película. Para tal, apoiamo-nos em estudos do antropólogo e sociólogo francês Pierre Bourdieu, especialmente no que tange à dominação masculina e a condição do feminino. No enredo, o karate é a maneira que Casey encontra para suprir sua personalidade supostamente frágil e “feminina”, para justamente “tornar-se aquilo que teme”. No dojo, conhece Anna, a praticante mais antiga, que nunca será faixa preta, justamente porque é mulher, e por seu consequente “instinto maternal”. A masculinidade é trazida pelo filme como a própria violência, que se explicita nas maneiras como o protagonista vai transformando seus hábitos de vida, suas atitudes e reações frente às situações cotidianas. Casey troca o habitual suco de laranja por café; deixa de estudar francês, uma língua “demasiadamente feminina” para dedicar-se ao alemão, “mais viril”; passa a ouvir death metal, e não mais música erudita. Por se tratar de um dojo que beira o absurdo, há diversas provocações no filme. Uma delas é uma espécie de convite para pensarmos justamente o que significa ser karateka. Ou seja, a obra escancara de maneira tão burlesca a violência extrema, com uma amostra de um humor corrosivo, que inevitavelmente instiga a ponderar melhor sobre o que se tem feito do karate na sociedade: os valores associados à referida prática são inerentes a ela, ou refletem interesses daqueles que se apropriam dela para conveniências e interesses particulares? Em especial, qual tem sido a masculinidade vinculada e engendrada pelas pessoas que têm ensinado e praticado karate? A Arte da Autodefesa é, evidentemente uma ficç?o, uma proposital alegoria que escracha diversas toxicidades sociais, em especial a “dominação masculina” (Bourdieu, 2021). A primeira vez que se assiste ao filme basta para sabermos que seu karate não é verdadeiro. Por outro lado, faz pensar até que ponto o karate que tem sido praticado por nós, na contemporaneidade, é ou não real." "modalidade" => "Tema Livre (TL)" "area_tematica" => "AT 10 - Abordagens Filosóficas e Socioculturais do Corpo" "palavra_chave" => ", , , , " "idioma" => "Português" "arquivo" => "TRABALHO__EV189_MD2_ID112_TB146_15052023190946.pdf" "created_at" => "2023-06-30 09:10:12" "updated_at" => null "ativo" => 1 "autor_nome" => "FABIO AUGUSTO PUCINELI" "autor_nome_curto" => "FABIO" "autor_email" => "fabio.pucineli@unesp.br" "autor_ies" => "UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO (UNESP)" "autor_imagem" => "" "edicao_url" => "anais-xiii-ciefmh" "edicao_nome" => "Anais do XIII Congresso Internacional de Educação Fisica e Motricidade Humana e XIX Simpósio Paulista de Educação Física" "edicao_evento" => "XIII CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA E MOTRICIDADE HUMANA E XIX SIMPÓSIO PAULISTA DE EDUCAÇÃO FÍSICA" "edicao_ano" => 2023 "edicao_pasta" => "anais/ciefmh/2023" "edicao_logo" => null "edicao_capa" => "6422ee81c1355_28032023104121.jpg" "data_publicacao" => null "edicao_publicada_em" => "2023-03-24 15:28:47" "publicacao_id" => 37 "publicacao_nome" => "Anais do CIEFMH" "publicacao_codigo" => "2527-2268" "tipo_codigo_id" => 1 "tipo_codigo_nome" => "ISSN" "tipo_publicacao_id" => 1 "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento" ] #original: array:35 [ "id" => 92372 "edicao_id" => 313 "trabalho_id" => 146 "inscrito_id" => 112 "titulo" => "O KARATE DO FILME “A ARTE DA AUTODEFESA”: UM CAMINHO PARA TORNAR-SE O QUE SE TEME" "resumo" => "Casey, um pacato cidadão que leva normalmente sua vida, entre trabalho e convivência com seu melhor amigo, um pequeno cão, tem sua rotina totalmente alterada depois que é espancado por uma gangue, acontecimento que provoca em sua rotina acentuadas transformações. Uma delas é matricular-se num peculiar, e infame, dojo de karate. A breve descrição é do filme estadunidense “A Arte da Autodefesa”, de 2019, dirigido por Riley Stearns, objeto de análise desta pesquisa. Dentre os diversos elementos para serem discutidos na obra, elencamos o problema da constituição social dos corpos pela violência associada à masculinidade, e como essa questão é trazida de forma caricata e ácida na película. Para tal, apoiamo-nos em estudos do antropólogo e sociólogo francês Pierre Bourdieu, especialmente no que tange à dominação masculina e a condição do feminino. No enredo, o karate é a maneira que Casey encontra para suprir sua personalidade supostamente frágil e “feminina”, para justamente “tornar-se aquilo que teme”. No dojo, conhece Anna, a praticante mais antiga, que nunca será faixa preta, justamente porque é mulher, e por seu consequente “instinto maternal”. A masculinidade é trazida pelo filme como a própria violência, que se explicita nas maneiras como o protagonista vai transformando seus hábitos de vida, suas atitudes e reações frente às situações cotidianas. Casey troca o habitual suco de laranja por café; deixa de estudar francês, uma língua “demasiadamente feminina” para dedicar-se ao alemão, “mais viril”; passa a ouvir death metal, e não mais música erudita. Por se tratar de um dojo que beira o absurdo, há diversas provocações no filme. Uma delas é uma espécie de convite para pensarmos justamente o que significa ser karateka. Ou seja, a obra escancara de maneira tão burlesca a violência extrema, com uma amostra de um humor corrosivo, que inevitavelmente instiga a ponderar melhor sobre o que se tem feito do karate na sociedade: os valores associados à referida prática são inerentes a ela, ou refletem interesses daqueles que se apropriam dela para conveniências e interesses particulares? Em especial, qual tem sido a masculinidade vinculada e engendrada pelas pessoas que têm ensinado e praticado karate? A Arte da Autodefesa é, evidentemente uma ficç?o, uma proposital alegoria que escracha diversas toxicidades sociais, em especial a “dominação masculina” (Bourdieu, 2021). A primeira vez que se assiste ao filme basta para sabermos que seu karate não é verdadeiro. Por outro lado, faz pensar até que ponto o karate que tem sido praticado por nós, na contemporaneidade, é ou não real." "modalidade" => "Tema Livre (TL)" "area_tematica" => "AT 10 - Abordagens Filosóficas e Socioculturais do Corpo" "palavra_chave" => ", , , , " "idioma" => "Português" "arquivo" => "TRABALHO__EV189_MD2_ID112_TB146_15052023190946.pdf" "created_at" => "2023-06-30 09:10:12" "updated_at" => null "ativo" => 1 "autor_nome" => "FABIO AUGUSTO PUCINELI" "autor_nome_curto" => "FABIO" "autor_email" => "fabio.pucineli@unesp.br" "autor_ies" => "UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO (UNESP)" "autor_imagem" => "" "edicao_url" => "anais-xiii-ciefmh" "edicao_nome" => "Anais do XIII Congresso Internacional de Educação Fisica e Motricidade Humana e XIX Simpósio Paulista de Educação Física" "edicao_evento" => "XIII CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA E MOTRICIDADE HUMANA E XIX SIMPÓSIO PAULISTA DE EDUCAÇÃO FÍSICA" "edicao_ano" => 2023 "edicao_pasta" => "anais/ciefmh/2023" "edicao_logo" => null "edicao_capa" => "6422ee81c1355_28032023104121.jpg" "data_publicacao" => null "edicao_publicada_em" => "2023-03-24 15:28:47" "publicacao_id" => 37 "publicacao_nome" => "Anais do CIEFMH" "publicacao_codigo" => "2527-2268" "tipo_codigo_id" => 1 "tipo_codigo_nome" => "ISSN" "tipo_publicacao_id" => 1 "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento" ] #changes: [] #casts: array:14 [ "id" => "integer" "edicao_id" => "integer" "trabalho_id" => "integer" "inscrito_id" => "integer" "titulo" => "string" "resumo" => "string" "modalidade" => "string" "area_tematica" => "string" "palavra_chave" => "string" "idioma" => "string" "arquivo" => "string" "created_at" => "datetime" "updated_at" => "datetime" "ativo" => "boolean" ] #classCastCache: [] #attributeCastCache: [] #dates: [] #dateFormat: null #appends: [] #dispatchesEvents: [] #observables: [] #relations: [] #touches: [] +timestamps: false #hidden: [] #visible: [] +fillable: array:13 [ 0 => "edicao_id" 1 => "trabalho_id" 2 => "inscrito_id" 3 => "titulo" 4 => "resumo" 5 => "modalidade" 6 => "area_tematica" 7 => "palavra_chave" 8 => "idioma" 9 => "arquivo" 10 => "created_at" 11 => "updated_at" 12 => "ativo" ] #guarded: array:1 [ 0 => "*" ] }