SILVA, Fredson Pereira Da. Panorama da mineração no semiárido brasileiro. Anais do XV ENANPEGE... Campina Grande: Realize Editora, 2023. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/94588>. Acesso em: 24/11/2024 23:00
O Semiárido brasileiro possui uma rica formação geológica que versa em grandes áreas de diversos tipos de minérios, destaca-se quatro grandes áreas geológicas: São Francisco, Borborema, Mantiqueira e Parnaíba, onde são encontrados diversos tipos de minerais ferrosos, minerais não-ferrosos, minerais preciosos, gemas e minerais industrias nessas províncias estruturais. Diante do apresentado, este estudo tem como objetivo descrever e analisar o panorama da mineração do Semiárido brasileiro e os possíveis efeitos sobre a população que vive nos territórios afetados pela mineração. O alicerce metodológico deste trabalho parte, fundamentalmente, de uma pesquisa de cunho qualitativo. Com auxílio do materialismo histórico e dialético, no entendimento das contradições da exploração mineral e seus feitos no Semiárido brasileiro. Os resultados indicam que o Semiárido brasileiro possui 278 tipos de substâncias com requerimentos para exploração, entre os anos de 2003 a 2012 no período do bom das commodities o Semiárido brasileiro contabilizou 1.271 pedidos de concessão de lavra. Com isso, usos das substâncias no Semiárido é para insumo agrícola com 39.900 requerimentos e corretivo de solo 22.041 requerimentos. Quanto as potencialidades para exploração dos minerais, destacam-se as eminências de conflitos com comunidades camponeses e quilombolas. Dessa maneira, a exploração mineração traz conflitos ambientais para população, no ambiente, no território, na saúde dos trabalhadores, além da apropriação privada dos bens, na organização fundiária da terra. Assim, as populações que vive no campo no Semiárido são as que mais sofrem com contaminação das águas, no solo, na destruição das serras perdendo assim, sua identidade cultural pelo capital mineral.