O período pandêmico que iniciou-se em março de 2020, no Brasil, ocasionou o distanciamento social, e consequentemente a suspensão das aulas presenciais em todas as etapas e modalidades de ensino, trazendo grandes prejuízos para a Educação em geral. Os desafios enfrentados na alfabetização dos estudantes nos primeiros anos do ensino fundamental foram acentuados no período pandêmico e podem ser visualizados com mais exatidão após o retorno presencial nas instituições de ensino. Desta forma, a presente pesquisa traz discussões de práticas realizadas por uma professora de uma escola municipal na cidade do interior do Ceará com uma turma de 2° ano do ensino fundamental, apresentando os desafios e principalmente as ações exitosas encontradas para dar continuidade ao processo de alfabetização e letramento, dentro de um contexto de retorno das aulas presenciais no ano de 2022. A abordagem deste artigo parte de uma abordagem metodológica qualitativa, que descreve e compreende os fenômenos vivenciados pelo sujeito, utiliza-se como método de coleta de dados uma entrevista semiestruturada realizada com uma professora do 2º ano do ensino fundamental, compreendido como final do ciclo de alfabetização, que leciona na rede municipal de ensino de Tianguá-Ceará. O processo de alfabetização, ou seja, o domínio do sistema de escrita alfabético, envolve processos paralelos: a compreensão das características e o funcionamento da escrita e da linguagem que se usa para escrever, desta forma, é importante oferecer propostas em que a criança organize os conhecimentos já construídos, conduzindo seu processo de aprendizagem com a progressão das habilidades que devem ser adquiridas ao final desta etapa de ensino.