A conjuntura socioeconômica das últimas décadas tem se apresentado com profundas transformações e mudanças ocorridas, especificamente no final do século XX. Tais transformações, caracterizadas pelo cenário de retração do setor estatal, contribuíram significativamente para o crescimento do “terceiro setor” na sociedade brasileira. Entende-se que esse setor é representado por organizações não-governamentais, que não possuem dependência estatal, e, que suas ações não objetivam a lucratividade. O terceiro setor constitui-se na esfera de atuação pública não-estatal, formado a partir de iniciativas privadas, voluntárias, sem fins lucrativos, no sentido do bem comum. Nesta definição, agregam-se, estatística e conceitualmente, um conjunto altamente diversificado de instituições, no qual se incluem organizações não governamentais, fundações e institutos empresariais, associações comunitárias, entidades assistenciais e filantrópicas, assim como várias outras instituições sem fins lucrativos. Diante do contexto, destaca-se o Instituto Maria José Batista Lacerda (IMJOB), uma entidade filantrópica, fundada em 10 de outubro de 2013. O especifico Instituto apresenta como objetivo fomentar discussões acerca de cidadania, direitos sociais, direitos humanos junto às comunidades assistidas; contribuir para que os indivíduos se reconheçam como sujeito políticos de diretos; colaborar para a implantação de idéias transformadoras, onde pessoas como sujeitos de direitos possam se desenvolver e se integrar socialmente numa atitude de colaboração para a construção de um mundo melhor. Destaca-se diante deste contexto a temática de gênero, compreende-se que a luta das mulheres em busca do seu reconhecimento como protagonista de sua construção histórica. A história revela décadas de lutas, de mobilizações sociais, mas, sobretudo releva mulheres imbuídas de um ímpeto de coragem e força, mulheres que deixaram o legado de a luta devem ser permanentes. O procedimento metodológico deste trabalho centra-se por meio de uma análise e discussão bibliográfica sobre cidadania, gênero, direitos humanos e o IMJOB. Conclui-se a partir das discussões trabalhadas, que é necessário que as próprias mulheres se percebam como seres de responsabilidades e de identidade. Excluindo assim todo processo de inferioridade em relação ao homem.
Palavras-chave: Gênero. Identidade. Cidadania.