Spondias purpúrea L., conhecida popularmente como seriguela, é uma árvore frutífera tropical, que apesar de não ser nativa do Brasil é bastante comum no Nordeste do país. Na medicina tradicional o infuso de suas folhas e cascas do caule é utilizado como antifúngico antiviral e cicatrizante, entretanto suas propriedades fitoterápicas ainda não foram comprovadas quimicamente. Os taninos são compostos fenólicos e polifenólicos, classificados como hidrolisáveis e condensados na qual estão associados ao combate a queimaduras, melhora na cicatrização de cortes epiteliais, hipertensão arterial, diarreia, problemas estomacais, renais e do sistema urinário. Esse estudo teve como objetivo determinar semi-quantitativamente os taninos condensados presentes nas folhas e cascas do caule da Spondias purpúrea L. O método utilizado para a quantificação foi o Butanol-ácido, e se dividiu em duas situações para ambos os extratos: extrato aquoso e sólido. Os resultados foram comparados às concentrações de taninos pertencentes a uma curva de calibração padrão para cianidina, retirada da literatura. Os valores aferidos demonstram que para as cascas do caule, houve uma maior quantidade de taninos condensados (Cianidina) com um valor de 23,84 mg.g-1, provavelmente por possuir uma maior superfície de contato permitindo uma maior reação com o butanol - HCl. Já para os extratos das provenientes das folhas, os valores foram menores sendo de 7,08 mg.g-1. O extrato sólido de ambas as amostras apresentou menor concentração em relação ao extrato aquoso. Por sua vez, em virtude do extrato sólido possuir uma superfície de contato menor, o método butanol – HCl não foi capaz de determinar grande quantidade de taninos ligados ele. Entretanto, concluiu-se que por meio do método butanol-HCl foi possível quantificar taninos condensados nas folhas e cascas do caule da Spondias purpúrea L.