Originária do continente americano, provavelmente do Brasil central, a mandioca (Manihot esculenta Crantz) está distribuída em todo o território nacional com grande importância sócio econômica e adaptabilidade a variadas condições de solo e clima, bem como, tolerância à seca, que ocorre em regiões semiáridas. Apesar de apresentar alto potencial produtivo, a mandiocultura está vulnerável, assim como qualquer outra cultura, a fatores de natureza abiótica e biótica, dentre estas, está a interferência causada pelo convívio com plantas daninhas, constitui um dos fatores que competem por elementos vitais às plantas como espaço, água, luz e nutrientes, acentuada pelo crescimento inicial lento do cultivo de mandioca, deixando o solo descoberto, facilitando dessa forma o desenvolvimento do mato. O controle químico é uma opção eficaz para o controle de plantas daninhas caracterizado pela intervenção em grandes áreas, com pouca dependência de mão de obra e rapidez na aplicação, contribuem com a redução dos custos de produção. O objetivo deste trabalho foi avaliar a seletividade de glyphosate na cultura da mandioca aplicado em pós-emergência tardia, com aplicação deste princípio ativo em doses reduzidas sequencialmente, causando o mínimo de injúria à cultura, com quantificação a partir de medições biométricas e nota visual. O delineamento foi em blocos casualizados com quatro repetições. Os tratamentos constituíram de cinco doses do herbicida glyphosate (Roundup-Ready Original, sal isopropilamina de concentração 360 g e.a. ha-1) fracionadas e uma testemunha com ausência de aplicação, dispostos da seguinte maneira: T0 (0,0 g ha-1), T1 (720,0 g ha-1), T2 (180 g ha-1), T3 (45,0 g ha-1), T4 (21,9 g ha-1) e T5 (2,8 g ha-1). A cultivar Safrinha mostrou-se seletiva ao herbicida a base de glyfosate, em que a maior dose utilizada neste trabalho de 720 g ha-1 (2,0 L ha-1) proporcionou uma intoxicação leve com sintomas fracos ou pouco evidentes, e quando nítidos, de baixa intensidade favorecendo a sua recuperação. Notou um crescimento normal das plantas de mandioca cultivar Safrinha, o que sugere que os tratamentos não apresentaram influências sobre os parâmetros biométricos (altura da planta, diâmetro do caule e número de folhas) estudadas. Refletindo na biomassa das plantas de mandioca que não interferiu na produção de folhas e raízes, e consequentemente na produção final.