A representatividade feminina em alguns espaços de atuação social ainda é muito incipiente. Nesse ínterim, a Física se destaca por ser uma das áreas da Ciência cuja presença de mulheres é menos expressiva. Partindo dessa premissa, buscamos inicialmente investigar o percentual de professoras no Curso de Licenciatura em Física da Universidade Federal de Campina Grande, Campus Cajazeiras/PB, cidade localizada no Alto Sertão Paraibano e de grande influência regional. Tal investigação teve como objetivo analisar a representatividade feminina no referido curso em analogia com dados coletados relativos ao âmbito nacional e internacional. Para tanto, foram investigadas diversas fontes, tais como: livros, artigos, dissertações e sites de universidades. Obtivemos como resultado que, apesar de ainda não ser satisfatório, o percentual de professoras de Física no curso objeto desta pesquisa se mostrou superior a boa parte dos dados levantados. Inferimos que este percentual, cerca de 16,7%, pode trazer consequências positivas para o referido curso, a exemplo de desconstruir a concepção de que Física é curso de homem e até mesmo ampliar o interesse das discentes pela área. Observamos também que a representatividade feminina não necessariamente está relacionada ao desenvolvimento econômico local. Por fim, como perspectiva futura, sinalizamos a possibilidade de se investigar, de forma comparativa, o percentual de discentes do sexo feminino no curso em tela e analisar a possível relação com o percentual de professoras ora relatado.