Objetivou-se com este trabalho quantificar As famílias de aracnídeos em plantio orgânico de melancia sob manejo das seguintes coberturas: adubos verdes (A1) e vegetação espontânea (A2). O trabalho foi conduzido em área experimental da Embrapa Meio-Norte, na Unidade de Execução e Pesquisa, UEP-Parnaíba, (02° 54’ S, 41° 47’ W e 46 m). O solo é caracterizado como latossolo amarelo distrófico de textura média fase caatinga litorânea com relevo plano e suavemente ondulado. O preparo de solo constituiu em uma aração e uma gradagem superficial com posterior nivelamento seguido de nivelamento manual. Foram delimitadas duas áreas, cada uma delas medindo 18,0 x 65,0 m, separadas por uma barreira de capim elefante (Pennisetum purpureum), com aproximadamente dois metros de altura, sendo (A1) conduzida com o coquetel de adubos verdes (AV) e outra (A2) onde se permitiu o crescimento de vegetação espontânea (VE). Na área A1 foi realizado o semeio do tipo “coquetel” contendo as seguintes espécies: Crotalária juncea (Crotalaria juncea), Crotalária spectabilis (Crotalaria spectabilis), Milheto, (Pennisetum glaucum), Girassol CV IAC Uruguai (Helianthus annuus), Mucuna preta (Mucuna pruriens, sin. Stizolobium aterrimum Piper and Tracey sp), e feijão de porco, (Canavalia ensiformes). A amostragem da araneofauna foi realizada por armadilhas de queda, do tipo pitfall traps, sendo este método adotado para a captura de indivíduos de pequeno e médio porte que vivem no solo. Na distribuição dos invertebrados (araneae) por área de estudo, foram identificados 503 indivíduos, distribuídos em 18 famílias, sendo 91 indivíduos no substrato de plantas espontâneas e 413 na área de cobertura com adubos verdes. Conclui-se que as coberturas de adubos verdes e vegetação espontânea, propiciaram o aparecimento de aracnídeos, sendo encontradas em maior número as famílias Lycosidae e Liniphiidae. Entretanto a área com cobertura verde demonstrou ser mais eficiente abrigando o maior número de famílias de aracnídeos.