O ENSINO DA GEOMETRIA ESPACIAL: UNINDO TEORIA E PRÁTICA NA CONSTRUÇÃO DE POLIEDROS Gilmar Teodozio Silva[1]/gilmarteodozio@gmail.com/IFAL Fernando Henrique da Silva Ferreira[2]/IFAL Jonas Alexandre dos Santos Silva[3]/IFAL Lucas Melo Nascimento[4]/IFAL Matheus Marinho Bezerra[5]/IFAL Eixo Temático: Geometria Espacial Agência Financiadora: Instituto Federal de Alagoas Resumo A matemática, como várias outras ciências, é subdividida em vários ramos, tais como a álgebra, a aritmética, a geometria, etc. Alguns desses temas possui aplicações práticas imediatas, por exemplo a soma e multiplicação na aritmética. Outros conteúdos são mais abstratos, como polinômios na álgebra. Tais assuntos exigem um raciocínio e imaginação maior por parte do aluno o que pode gerar certo desconforto e até mesmo desânimo do discente ao estudar estes conteúdos, aparentemente, pouco práticos ou de difícil visualização mental. Com base nisso, constantes estudos são feitos buscando alternativas mais dinâmicas ou lúdicas para que o aluno possa enxergar a abstração de uma forma mais palpável, o que, consequentemente, gerará um aprendizado mais eficiente e prazeroso, tanto para alunos, que terão domínio da disciplina mais facilmente, como do professor, que terá uma melhor resposta da turma, ou seja, o ganho será de ambos os lados. E este aprendizado sólido enquanto aluno da educação básica será essencial para estudos e necessidades futuras, visto que todos precisam desta preparação no ambiente escolar para entrar no concorrido e exigente mercado de trabalho da atualidade(BATISTA, 2016). Na geometria, mais especificamente, os alunos precisam visualizar as formas geométricas ou sólidos, muitas vezes, com base apenas em descrições. Para isso é necessário uma capacidade de abstração ou imaginação que nem todos possuem. Além disso, os alunos precisam relacionar os conteúdos teóricos com a prática e suas aplicações no cotidiano, visto que a Matemática está em todas as áreas do conhecimento, mesmo algumas delas sendo algumas mais evidentes do que outras, como por exemplo, na Engenharia Civil, onde é possível ver com mais facilidade as formas geométricas nas construções, como casas, prédios, entre outros. Até mesmo nas áreas mais inusitadas, como na Biologia, no cálculo de crescimento de alguma colônia de bactérias. De acordo com APARECIDA, "Unir teoria à prática possibilita ao professor observar, analisar e interferir, quando necessário, nas atitudes dos alunos[...], contribuindo assim, para a construção de seu conhecimento e crescimento pessoal". A partir das dificuldades encontradas pelos alunos, surgiu a necessidade de planejar atividades para construção de bases mais sólidas dos conteúdos encontrados na Geometria. Devido as suas aplicações, possibilidades de atividades lúdicas e fácil relação com o cotidiano, decidimos optar por desenvolver atividades no eixo da Geometria Espacial. Dessa maneira, contribuindo com o aprendizado dos alunos, desenvolvendo as competências necessárias para melhor assimilação do conteúdo relacionado, tais quais compreensão e identificação dos poliedros de Platão, bem como os que obedecem a relação de Euler e sua aplicação, suas respectivas planificações e a visualização dos elementos básicos dos poliedros em suas diversas perspectivas. Este artigo relata um trabalho desenvolvido por alunos do PIBID, Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, com discentes do ensino médio do Instituto Federal de Alagoas, IFAL campus Maceió, acerca do conteúdo geometria espacial. Para a atividade foram utilizados materiais de fácil acesso e baixo custo, neste caso, massa de modelar e palitos roliços de madeira. Num primeiro momento, os alunos tiveram uma aula expositiva tradicional sobre os conteúdos, e aplicação de exercícios. Posteriormente, foram revisados os conteúdos e algumas atividades foram propostas. Para isso, a turma foi dividida em grupos, a cada qual foi entregue o mesmo material e um orientador, nesse caso, um bolsista do PIBID. Como proposto inicialmente, as atividades feitas com os materiais serviram para desenvolver as competências já citadas. Após a aplicação, foi observado um maior interesse por parte da turma nas aulas de Geometria Espacial, assim como um ganho de aprendizado maior, visto que o aproveitamento nos exercícios também melhorou, corroborando os estudos iniciais. Vale ressaltar ainda que a maior dificuldade dos alunos antes das atividades era a visualização dos poliedros, mesmo os mais simples, desde a planificação até a sua representação completa, dificuldade que foi reduzida com o decorrer das aulas após o projeto. Palavras-chave: Matemática, Ensino, Lúdico, Geometria. Referências SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia: polêmicas do nosso tempo; Campinas: Autores Associados, 1988. LORENZATO, Sérgio. O laboratório de Ensino de Matemática na formação de Professores. São Paulo: Autores Associados, 2006. BATISTA, Kelly; JUNIOR, Jotair. O Uso de Matérias Lúdicos e Tecnológicos no Ensino da Geometria Plana e Espacial. Disponível em: < http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2016/2016_artigo_mat_unicentro_kellyadrianecolonhese.pdf > Acesso em: 10 de out. 2018. LEITE, José; LEVANDOSKI, Antonio. Materias Didáticos Manipuláveis no Ensino e Aprendizagem de Geometria Espacial. Disponível em: < http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1664-8.pdf> Acesso em: 10 de out. 2018. APARECIDA, Vanessa; SILVA, Aislan. Geometria plana de maneira lúdica e construtiva. 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