Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

A HISTÓRIA DA CACHAÇA DE ABAETETUBA NO ENSINO-PESQUISA DO IFPA

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Esse produto consumido em diversas partes do país, teve presença expressiva no Baixo Tocantins, com registros de mais de 60 engenhos instalados apenas em Abaetetuba. Estudos mostram, que em meados do século XIX, já tinha sido instalado o primeiro engenho no lugar. Contudo, com a crise da produção, o patrimônio material e a história de uma época cantada em verso e prosa, foram caindo no esquecimento. Assim, por se tratar de um projeto institucional que visa atender as dimensões que articulam a educação - ensino, pesquisa e extensão -, a pesquisa possui simultaneamente uma dimensão histórica acadêmica e outra educacional articulada pela história oral, que segundo Thompson (1992), é um instrumento particularmente apropriado para projetos educacionais, pois contribui para amenizar os conflitos entre ensino, pesquisa e extensão, ao entender o espaço escolar e o seu entorno como um espaço de pesquisa. Assim, o projeto vem sendo realizado com a participação de alunos do ensino médio integrado, atualmente contanto com 01(um) bolsista e 03 (três) voluntários, todos do curso de informática, os quais vem atuando para a sistematização e organização do acervo, para a criação de um espaço museológico na instituição, como forma de valorização patrimonial através da educação. Contribuindo na percepção espacial dos engenhos, elaborou-se o mapeamento dos mesmos utilizando o apoio da disciplina de Geografia. Neste mapeamento empregou-se o gerenciador de SIG (Sistema de Informação Geográfica) ArcGis 10.1 e a ferramenta de mapeamento colaborativo do Google, o "My Maps", também foi usado aparelhos receptores de sinal GNSS (GPS) para a coleta das coordenadas dos engenhos e câmeras fotográficas digitais para o registro foto etnográfico. Dentre os problemas encontrados na execução do projeto de pesquisa, o mais desafiador foi a logística de transporte fluvial, uma vez que todos os engenhos de cachaça observados desde o início da pesquisa estão localizados na vasta porção insular do município de Abaetetuba, vias que eram as rotas por onde passavam os navegadores portugueses na época da colonização do Pará, a partir do século XVI em diante, pelas quais escoavam muitos produtos extraídos da região, dentre eles a cachaça. Até o momento foram mapeados 08 (oito) lugares, dos quais, apenas 01 (um) o "Engenho Pacheco" foi encontrado erguido com maquinários e equipamentos instalados no local, porém com produção desativada e em estado de deterioração avançada. Entretanto, apesar de deteriorado pelo tempo, o "Engenho Pacheco" preserva, através do patrimônio material, a grandiosidade do que foram os Engenhos de produção da cachaça em Abaetetuba. E mesmo os que não possuem mais a estrutura erguida, os achados registrados na visitação reforçam essa importância, mas também assinala o descaso com a preservação de seu patrimônio e o esquecimento das suas memórias, pois são moendas, caldeiras e uma infinidade de materiais abandonados nas matas e nas margens dos rios de Abaetetuba. Palavras-chave: Pesquisa/Educação, Patrimônio, Engenhos Referências CÂMARA CASCUDO, Luis da. Prelúdio da Cachaça: Etnografia, História e Sociologia da aguardente no Brasil. Rio de Janeiro, IAA, 1968; por Tatiana Paiva. 1999. FERREIRA, Marieta de Moraes. Desafios e Dilemas da História Oral nos Anos 90: O caso do Brasil. História Oral. São Paulo, n. 1, p. 19-30, jun. 1998. Disponível em: . Acesso em: 4 dez. 2007. FILGUEIRAS, Ligia Amaral, SILVA, Carlos Pinheiro, CASTILHO, Misaque Moraes. Produção da cachaça artesanal em Abaetetuba-PA: um símbolo da cultura popular e patrimônio imaterial do povo abaetetubense. XV Encontro Nacional de Ensino de Química (XV ENEQ) - Brasília, DF, Brasil - 21 a 24 de julho de 2010. GARCIA, Graça Lobato; LOBATO, Eládio. Memória dos Engenhos do Baixo Tocantins. Belém-Pa. 2011. HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990. LUPORINI, Teresa Jussara. Educação patrimonial: projetos para a educação básica. Patrimonial. Brasília: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Museu Imperial, Revista Ciências & Letras, Porto Alegre, n. 31. p. 325-338, jan./jun. 2002. NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Revista Projeto História. São Paulo: Departamento de História de Pontifícia Universidade Católica de São Paulo / PUC-SP, no. 10, 1993, pp. 07-28. PRINS, Gwyn. História oral. In: BURKE, Peter (Org.). A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: Ed. da UNESP, 1992. THOMPSON, Paul. A voz do passado. São Paulo: Paz e Terra, 1992. "
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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

A HISTÓRIA DA CACHAÇA DE ABAETETUBA NO ENSINO-PESQUISA DO IFPA Elinalva Freitas Pantoja [1] / elinalva.pantoja@ifpa.edu.br / IFPA Vinicius de Moura Oliveira [2] / IFPA Lucas Pereira Soares [3]/IFPA Eixo Temático: Educação, linguagens, tecnologias e valores. Resumo A preservação do patrimônio e da memória de um lugar possibilita, dentre outros fatores, a democratização do conhecimento através do acesso às informações permitindo o resgate de saberes e valorização desse patrimônio. Nessa perspectiva o objetivo desse projeto se concentra em, através da pesquisa, registrar as "memórias do tempo da cachaça" em Abaetetuba-PA. Este registro se fez pelo levantamento e mapeamento desses locais identificando a história da produção e comercialização da cachaça que até meados da década de 1960, deu ao Município de Abaetetuba, Nordeste Paraense, o título de "Terra da Cachaça". Esse produto consumido em diversas partes do país, teve presença expressiva no Baixo Tocantins, com registros de mais de 60 engenhos instalados apenas em Abaetetuba. Estudos mostram, que em meados do século XIX, já tinha sido instalado o primeiro engenho no lugar. Contudo, com a crise da produção, o patrimônio material e a história de uma época cantada em verso e prosa, foram caindo no esquecimento. Assim, por se tratar de um projeto institucional que visa atender as dimensões que articulam a educação - ensino, pesquisa e extensão -, a pesquisa possui simultaneamente uma dimensão histórica acadêmica e outra educacional articulada pela história oral, que segundo Thompson (1992), é um instrumento particularmente apropriado para projetos educacionais, pois contribui para amenizar os conflitos entre ensino, pesquisa e extensão, ao entender o espaço escolar e o seu entorno como um espaço de pesquisa. 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