Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

EDUCAÇÃO POPULAR: UM RELATO DE EXPERIENCIA NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DO RAMAL DO PIRATUBA EM ABAETETUBA- PA

"2018-12-03 23:00:00" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 52089
    "edicao_id" => 104
    "trabalho_id" => 2380
    "inscrito_id" => 457638
    "titulo" => "EDUCAÇÃO POPULAR: UM RELATO DE EXPERIENCIA NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DO RAMAL DO PIRATUBA EM ABAETETUBA- PA"
    "resumo" => " EDUCAÇÃO POPULAR: UM RELATO DE EXPERIENCIA NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DO RAMAL DO PIRATUBA EM ABAETETUBA- PA Analynne Rodrigues Negrão[1]/rodriguesanalynne@gmail.com/Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará Álesson Adam Fonseca Andrade[2]/Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará Diselma Marinho Brito[3]/ Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará Eixo Temático: Educação, Diversidade e Inclusão social Resumo A sociedade brasileira contemporânea vive a ideologia neoliberal de ensino (MACIEL, 2011), ou seja, a educação passa a ser analisada não como um instrumento capaz de transformar o ser humano, mas como um mecanismo que fomenta a economia e forma mão de obra através do que Freire (2005) chama de "Educação Bancária". Este modelo nega o diálogo, pois na prática as palavras não são utilizadas como mecanismo de reflexão, consequentemente, o conhecimento não é manuseado para levar o indivíduo ao raciocínio, e sim a serem marionetes, pois os alunos são vistos neste sistema como "depósitos de informações", isto é, como pessoas onde o conhecimento será aplicado de forma arbitrária. Uma vez que o professor irá "depositar" os conteúdos na cabeça dos alunos (motivo este de ser denominada de Educação Bancária), pode-se afirmar que este modelo de educação não é libertadora, ao contrário ela reforça a ideia de opressão, pois almeja que os seres sejam inconscientes e sujeitados às regras reforçando ideologias autoritárias. Em vista disso, a educação no Brasil vem sendo marcada por uma série de problemas, entre os mais evidentes, temos a desvalorização do Ensino Popular. Sendo assim, pensar em Educação Popular, modelo que caminha na direção oposta a essa ideologia capitalista, torna-se um imenso desafio para as pessoas que acreditam em uma educação inovadora, capaz de formar sujeitos pensantes, conscientes de sua história e ativos na sociedade. Além do mais, este modelo de educação visa transformar o sujeito em um agente político, isto é, um indivíduo ativo na construção de sua história e transformador do mundo. Para isso a Educação Popular se dispõe por meio da produção de saberes a fim de formar identidades coletivas, fortalecendo, portanto, a participação dos movimentos sociais na luta contra a classe opressora. (FREIRE, 2005) Nesse viés, sabendo que a educação é um processo que faz parte da humanidade e está presente em qualquer sociedade, pode-se afirmar que a Educação Quilombola é própria de um povo e vinculada a uma especificidade cultural. (FERREIRA; CASTILHO, 2014) Cada comunidade tem uma dinâmica própria, apesar de existir determinadas semelhanças no processo educativo com outras comunidades tradicionais. Com isso, o conhecimento e identidade do "ser quilombola" se dá através da observação e convivência com os moradores mais antigos, sendo a oralidade um fator preponderante no processo de transmissão do conhecimento. É considerado um processo abrangente nas relações que incluem famílias, membros da comunidade, vivências escolares e sociais ou até mesmo em vínculos com a religiosidade (CASTILHO, 2011). Diante disso, faz-se necessário propor reflexões que permitam compreender a importância dos saberes sociais presentes nos ambientes não formais de ensino, posto que Franco; Jacobucci, (2008) salientam o espaço não formal como qualquer espaço diferente da instituição escola onde se pode ocorrer uma ação educativa. O presente trabalho foi realizado a partir da Disciplina de Vivência da Prática Educativa II, no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do IFPA - Campus Abaetetuba - e tem como objetivo compartilhar a experiência desenvolvida na comunidade quilombola do Ramal do Piratuba, em Abaetetuba-PA, alicerçado na análise de como se dá o processo de ensino-aprendizagem nos ambientes não formais de ensino, isto é, na perspectiva de compreender como a educação popular se propaga dentro da comunidade. No aspecto metodológico se utilizou coleta de relatos por meio de entrevistas e filmagens com líderes, professores remanescentes de quilombo, além dos moradores mais antigos da comunidade utilizando-se da pesquisa enquanto princípio educativo e formativo. (DEMO, 2002) Destarte, como resultado desta pesquisa observou-se que a Educação Popular Quilombola gradativamente ganha espaço no cenário das políticas públicas, embora ainda se tenha muitos desafios a serem rompidos para que de fato tal educação seja implantada no chão da escola. Sabe-se ainda que os saberes quilombolas foram silenciados boa parte da história do Brasil, todavia o protagonismo negro foi essencial para a formação dos quilombos, símbolo de resistência a um sistema de escravidão. Os movimentos sociais, por sua vez, tiveram um papel decisivo na formulação de políticas públicas aos remanescentes quilombolas, que atualmente se faz presente através da ARQUITUBA (Associação de Remanescentes de Quilombolas do Ramal do Piratuba). No entanto, ainda hoje tal comunidade trava uma batalha pelo reconhecimento e respeito pela sua terra e história que paulatinamente está sendo arrancada de suas mãos e memórias. Além do mais, a história do território quilombola do Ramal do Piratuba é contada pelos remanescentes mais idosos da comunidade, tanto nas escolas, quanto em seu berço familiar, na qual narram suas vivências e a de antepassados, reforçando assim, a identidade cultural de seu povo aos mais jovens, contribuindo deste modo para que costumes e tradições não se percam ao longo do tempo, por isso, quando algum idoso falece toda a comunidade se sensibiliza, pois sabem que uma parte da história de seu povo, suas memórias e lendas são apagadas. Em vista disso, professores remanescentes deste quilombo também efetuam atividades lúdicas visando o resgate da vida cotidiana de seus antepassados e contrapondo com a realidade de hoje, a fim de que o conhecimento seja preservado e contextualizado de acordo com a atualidade, valorizando, sobretudo, os saberes múltiplos. Mediante ao exposto, vale ressaltar a educação popular como prática libertadora e formadora do pensamento crítico através das vivências adquiridas no cotidiano que são essenciais para a formação e preservação da identidade de um povo. Palavras-chave: Educação Popular, Comunidade Quilombola, Ensino-Aprendizagem. Referências CASTILHO, S. D. de. Quilombo Contemporâneo: educação, família e culturas, Cuiabá, EDUFMT, 2011. DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa.5ª ed., Campinas, SP: Autores Associados, 2002 (Coleção Educação Contemporânea). FERREIRA, A. E.; CASTILHO, S. D. DE. Reflexões sobre a educação escolar quilombola. Revista de Pesquisa em Políticas Públicas, 2014. FRANCO, D.; JACOBUCCI, C. CONTRIBUIÇÕES DOS ESPAÇOS NÃO-FORMAIS DE EDUCAÇÃO PARA A FORMAÇÃO DA CULTURA CIENTÍFICA Non-formal educational spaces contributions to the scientific culture formation. EM EXTENSÃO, 2008. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005 MACIEL, K. DE F. O pensamento de Paulo Freire na trajetória da educação popular. Educaçao em Perspectiva, 2011. "
    "modalidade" => null
    "area_tematica" => null
    "palavra_chave" => null
    "idioma" => null
    "arquivo" => ""
    "created_at" => "2020-05-28 15:53:42"
    "updated_at" => "2020-08-11 17:20:45"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "ANALYNNE RODRIGUES NEGRÃO"
    "autor_nome_curto" => "ANALYNNE"
    "autor_email" => null
    "autor_ies" => null
    "autor_imagem" => null
    "edicao_url" => "anais-vii-enalic"
    "edicao_nome" => "Anais VII ENALIC"
    "edicao_evento" => "VII Encontro Nacional das Licenciaturas"
    "edicao_ano" => 2018
    "edicao_pasta" => "anais/enalic/2018"
    "edicao_logo" => "5e49f810852b5_16022020231856.png"
    "edicao_capa" => "5e49f81084a9f_16022020231856.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2018-12-03 23:00:00"
    "publicacao_id" => 57
    "publicacao_nome" => "Revista ENALIC"
    "publicacao_codigo" => "2526-3234"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 52089
    "edicao_id" => 104
    "trabalho_id" => 2380
    "inscrito_id" => 457638
    "titulo" => "EDUCAÇÃO POPULAR: UM RELATO DE EXPERIENCIA NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DO RAMAL DO PIRATUBA EM ABAETETUBA- PA"
    "resumo" => " EDUCAÇÃO POPULAR: UM RELATO DE EXPERIENCIA NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DO RAMAL DO PIRATUBA EM ABAETETUBA- PA Analynne Rodrigues Negrão[1]/rodriguesanalynne@gmail.com/Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará Álesson Adam Fonseca Andrade[2]/Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará Diselma Marinho Brito[3]/ Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará Eixo Temático: Educação, Diversidade e Inclusão social Resumo A sociedade brasileira contemporânea vive a ideologia neoliberal de ensino (MACIEL, 2011), ou seja, a educação passa a ser analisada não como um instrumento capaz de transformar o ser humano, mas como um mecanismo que fomenta a economia e forma mão de obra através do que Freire (2005) chama de "Educação Bancária". Este modelo nega o diálogo, pois na prática as palavras não são utilizadas como mecanismo de reflexão, consequentemente, o conhecimento não é manuseado para levar o indivíduo ao raciocínio, e sim a serem marionetes, pois os alunos são vistos neste sistema como "depósitos de informações", isto é, como pessoas onde o conhecimento será aplicado de forma arbitrária. Uma vez que o professor irá "depositar" os conteúdos na cabeça dos alunos (motivo este de ser denominada de Educação Bancária), pode-se afirmar que este modelo de educação não é libertadora, ao contrário ela reforça a ideia de opressão, pois almeja que os seres sejam inconscientes e sujeitados às regras reforçando ideologias autoritárias. Em vista disso, a educação no Brasil vem sendo marcada por uma série de problemas, entre os mais evidentes, temos a desvalorização do Ensino Popular. Sendo assim, pensar em Educação Popular, modelo que caminha na direção oposta a essa ideologia capitalista, torna-se um imenso desafio para as pessoas que acreditam em uma educação inovadora, capaz de formar sujeitos pensantes, conscientes de sua história e ativos na sociedade. Além do mais, este modelo de educação visa transformar o sujeito em um agente político, isto é, um indivíduo ativo na construção de sua história e transformador do mundo. Para isso a Educação Popular se dispõe por meio da produção de saberes a fim de formar identidades coletivas, fortalecendo, portanto, a participação dos movimentos sociais na luta contra a classe opressora. (FREIRE, 2005) Nesse viés, sabendo que a educação é um processo que faz parte da humanidade e está presente em qualquer sociedade, pode-se afirmar que a Educação Quilombola é própria de um povo e vinculada a uma especificidade cultural. (FERREIRA; CASTILHO, 2014) Cada comunidade tem uma dinâmica própria, apesar de existir determinadas semelhanças no processo educativo com outras comunidades tradicionais. Com isso, o conhecimento e identidade do "ser quilombola" se dá através da observação e convivência com os moradores mais antigos, sendo a oralidade um fator preponderante no processo de transmissão do conhecimento. É considerado um processo abrangente nas relações que incluem famílias, membros da comunidade, vivências escolares e sociais ou até mesmo em vínculos com a religiosidade (CASTILHO, 2011). Diante disso, faz-se necessário propor reflexões que permitam compreender a importância dos saberes sociais presentes nos ambientes não formais de ensino, posto que Franco; Jacobucci, (2008) salientam o espaço não formal como qualquer espaço diferente da instituição escola onde se pode ocorrer uma ação educativa. O presente trabalho foi realizado a partir da Disciplina de Vivência da Prática Educativa II, no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do IFPA - Campus Abaetetuba - e tem como objetivo compartilhar a experiência desenvolvida na comunidade quilombola do Ramal do Piratuba, em Abaetetuba-PA, alicerçado na análise de como se dá o processo de ensino-aprendizagem nos ambientes não formais de ensino, isto é, na perspectiva de compreender como a educação popular se propaga dentro da comunidade. No aspecto metodológico se utilizou coleta de relatos por meio de entrevistas e filmagens com líderes, professores remanescentes de quilombo, além dos moradores mais antigos da comunidade utilizando-se da pesquisa enquanto princípio educativo e formativo. (DEMO, 2002) Destarte, como resultado desta pesquisa observou-se que a Educação Popular Quilombola gradativamente ganha espaço no cenário das políticas públicas, embora ainda se tenha muitos desafios a serem rompidos para que de fato tal educação seja implantada no chão da escola. Sabe-se ainda que os saberes quilombolas foram silenciados boa parte da história do Brasil, todavia o protagonismo negro foi essencial para a formação dos quilombos, símbolo de resistência a um sistema de escravidão. Os movimentos sociais, por sua vez, tiveram um papel decisivo na formulação de políticas públicas aos remanescentes quilombolas, que atualmente se faz presente através da ARQUITUBA (Associação de Remanescentes de Quilombolas do Ramal do Piratuba). No entanto, ainda hoje tal comunidade trava uma batalha pelo reconhecimento e respeito pela sua terra e história que paulatinamente está sendo arrancada de suas mãos e memórias. Além do mais, a história do território quilombola do Ramal do Piratuba é contada pelos remanescentes mais idosos da comunidade, tanto nas escolas, quanto em seu berço familiar, na qual narram suas vivências e a de antepassados, reforçando assim, a identidade cultural de seu povo aos mais jovens, contribuindo deste modo para que costumes e tradições não se percam ao longo do tempo, por isso, quando algum idoso falece toda a comunidade se sensibiliza, pois sabem que uma parte da história de seu povo, suas memórias e lendas são apagadas. Em vista disso, professores remanescentes deste quilombo também efetuam atividades lúdicas visando o resgate da vida cotidiana de seus antepassados e contrapondo com a realidade de hoje, a fim de que o conhecimento seja preservado e contextualizado de acordo com a atualidade, valorizando, sobretudo, os saberes múltiplos. Mediante ao exposto, vale ressaltar a educação popular como prática libertadora e formadora do pensamento crítico através das vivências adquiridas no cotidiano que são essenciais para a formação e preservação da identidade de um povo. Palavras-chave: Educação Popular, Comunidade Quilombola, Ensino-Aprendizagem. Referências CASTILHO, S. D. de. Quilombo Contemporâneo: educação, família e culturas, Cuiabá, EDUFMT, 2011. DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa.5ª ed., Campinas, SP: Autores Associados, 2002 (Coleção Educação Contemporânea). FERREIRA, A. E.; CASTILHO, S. D. DE. Reflexões sobre a educação escolar quilombola. Revista de Pesquisa em Políticas Públicas, 2014. FRANCO, D.; JACOBUCCI, C. CONTRIBUIÇÕES DOS ESPAÇOS NÃO-FORMAIS DE EDUCAÇÃO PARA A FORMAÇÃO DA CULTURA CIENTÍFICA Non-formal educational spaces contributions to the scientific culture formation. EM EXTENSÃO, 2008. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005 MACIEL, K. DE F. O pensamento de Paulo Freire na trajetória da educação popular. Educaçao em Perspectiva, 2011. "
    "modalidade" => null
    "area_tematica" => null
    "palavra_chave" => null
    "idioma" => null
    "arquivo" => ""
    "created_at" => "2020-05-28 15:53:42"
    "updated_at" => "2020-08-11 17:20:45"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "ANALYNNE RODRIGUES NEGRÃO"
    "autor_nome_curto" => "ANALYNNE"
    "autor_email" => null
    "autor_ies" => null
    "autor_imagem" => null
    "edicao_url" => "anais-vii-enalic"
    "edicao_nome" => "Anais VII ENALIC"
    "edicao_evento" => "VII Encontro Nacional das Licenciaturas"
    "edicao_ano" => 2018
    "edicao_pasta" => "anais/enalic/2018"
    "edicao_logo" => "5e49f810852b5_16022020231856.png"
    "edicao_capa" => "5e49f81084a9f_16022020231856.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2018-12-03 23:00:00"
    "publicacao_id" => 57
    "publicacao_nome" => "Revista ENALIC"
    "publicacao_codigo" => "2526-3234"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

EDUCAÇÃO POPULAR: UM RELATO DE EXPERIENCIA NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DO RAMAL DO PIRATUBA EM ABAETETUBA- PA Analynne Rodrigues Negrão[1]/rodriguesanalynne@gmail.com/Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará Álesson Adam Fonseca Andrade[2]/Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará Diselma Marinho Brito[3]/ Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará Eixo Temático: Educação, Diversidade e Inclusão social Resumo A sociedade brasileira contemporânea vive a ideologia neoliberal de ensino (MACIEL, 2011), ou seja, a educação passa a ser analisada não como um instrumento capaz de transformar o ser humano, mas como um mecanismo que fomenta a economia e forma mão de obra através do que Freire (2005) chama de "Educação Bancária". Este modelo nega o diálogo, pois na prática as palavras não são utilizadas como mecanismo de reflexão, consequentemente, o conhecimento não é manuseado para levar o indivíduo ao raciocínio, e sim a serem marionetes, pois os alunos são vistos neste sistema como "depósitos de informações", isto é, como pessoas onde o conhecimento será aplicado de forma arbitrária. Uma vez que o professor irá "depositar" os conteúdos na cabeça dos alunos (motivo este de ser denominada de Educação Bancária), pode-se afirmar que este modelo de educação não é libertadora, ao contrário ela reforça a ideia de opressão, pois almeja que os seres sejam inconscientes e sujeitados às regras reforçando ideologias autoritárias. Em vista disso, a educação no Brasil vem sendo marcada por uma série de problemas, entre os mais evidentes, temos a desvalorização do Ensino Popular. Sendo assim, pensar em Educação Popular, modelo que caminha na direção oposta a essa ideologia capitalista, torna-se um imenso desafio para as pessoas que acreditam em uma educação inovadora, capaz de formar sujeitos pensantes, conscientes de sua história e ativos na sociedade. Além do mais, este modelo de educação visa transformar o sujeito em um agente político, isto é, um indivíduo ativo na construção de sua história e transformador do mundo. Para isso a Educação Popular se dispõe por meio da produção de saberes a fim de formar identidades coletivas, fortalecendo, portanto, a participação dos movimentos sociais na luta contra a classe opressora. (FREIRE, 2005) Nesse viés, sabendo que a educação é um processo que faz parte da humanidade e está presente em qualquer sociedade, pode-se afirmar que a Educação Quilombola é própria de um povo e vinculada a uma especificidade cultural. (FERREIRA; CASTILHO, 2014) Cada comunidade tem uma dinâmica própria, apesar de existir determinadas semelhanças no processo educativo com outras comunidades tradicionais. Com isso, o conhecimento e identidade do "ser quilombola" se dá através da observação e convivência com os moradores mais antigos, sendo a oralidade um fator preponderante no processo de transmissão do conhecimento. É considerado um processo abrangente nas relações que incluem famílias, membros da comunidade, vivências escolares e sociais ou até mesmo em vínculos com a religiosidade (CASTILHO, 2011). Diante disso, faz-se necessário propor reflexões que permitam compreender a importância dos saberes sociais presentes nos ambientes não formais de ensino, posto que Franco; Jacobucci, (2008) salientam o espaço não formal como qualquer espaço diferente da instituição escola onde se pode ocorrer uma ação educativa. O presente trabalho foi realizado a partir da Disciplina de Vivência da Prática Educativa II, no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do IFPA - Campus Abaetetuba - e tem como objetivo compartilhar a experiência desenvolvida na comunidade quilombola do Ramal do Piratuba, em Abaetetuba-PA, alicerçado na análise de como se dá o processo de ensino-aprendizagem nos ambientes não formais de ensino, isto é, na perspectiva de compreender como a educação popular se propaga dentro da comunidade. No aspecto metodológico se utilizou coleta de relatos por meio de entrevistas e filmagens com líderes, professores remanescentes de quilombo, além dos moradores mais antigos da comunidade utilizando-se da pesquisa enquanto princípio educativo e formativo. (DEMO, 2002) Destarte, como resultado desta pesquisa observou-se que a Educação Popular Quilombola gradativamente ganha espaço no cenário das políticas públicas, embora ainda se tenha muitos desafios a serem rompidos para que de fato tal educação seja implantada no chão da escola. Sabe-se ainda que os saberes quilombolas foram silenciados boa parte da história do Brasil, todavia o protagonismo negro foi essencial para a formação dos quilombos, símbolo de resistência a um sistema de escravidão. Os movimentos sociais, por sua vez, tiveram um papel decisivo na formulação de políticas públicas aos remanescentes quilombolas, que atualmente se faz presente através da ARQUITUBA (Associação de Remanescentes de Quilombolas do Ramal do Piratuba). No entanto, ainda hoje tal comunidade trava uma batalha pelo reconhecimento e respeito pela sua terra e história que paulatinamente está sendo arrancada de suas mãos e memórias. Além do mais, a história do território quilombola do Ramal do Piratuba é contada pelos remanescentes mais idosos da comunidade, tanto nas escolas, quanto em seu berço familiar, na qual narram suas vivências e a de antepassados, reforçando assim, a identidade cultural de seu povo aos mais jovens, contribuindo deste modo para que costumes e tradições não se percam ao longo do tempo, por isso, quando algum idoso falece toda a comunidade se sensibiliza, pois sabem que uma parte da história de seu povo, suas memórias e lendas são apagadas. Em vista disso, professores remanescentes deste quilombo também efetuam atividades lúdicas visando o resgate da vida cotidiana de seus antepassados e contrapondo com a realidade de hoje, a fim de que o conhecimento seja preservado e contextualizado de acordo com a atualidade, valorizando, sobretudo, os saberes múltiplos. Mediante ao exposto, vale ressaltar a educação popular como prática libertadora e formadora do pensamento crítico através das vivências adquiridas no cotidiano que são essenciais para a formação e preservação da identidade de um povo. Palavras-chave: Educação Popular, Comunidade Quilombola, Ensino-Aprendizagem. Referências CASTILHO, S. D. de. Quilombo Contemporâneo: educação, família e culturas, Cuiabá, EDUFMT, 2011. DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa.5ª ed., Campinas, SP: Autores Associados, 2002 (Coleção Educação Contemporânea). FERREIRA, A. E.; CASTILHO, S. D. DE. Reflexões sobre a educação escolar quilombola. Revista de Pesquisa em Políticas Públicas, 2014. FRANCO, D.; JACOBUCCI, C. CONTRIBUIÇÕES DOS ESPAÇOS NÃO-FORMAIS DE EDUCAÇÃO PARA A FORMAÇÃO DA CULTURA CIENTÍFICA Non-formal educational spaces contributions to the scientific culture formation. EM EXTENSÃO, 2008. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005 MACIEL, K. DE F. O pensamento de Paulo Freire na trajetória da educação popular. Educaçao em Perspectiva, 2011.

Compartilhe:

Visualização do Artigo

Infelizmente, não conseguimos localizar o arquivo para download. Mas não se preocupe, nossa equipe já foi notificada do problema e já estamos trabalhando para a resolução! Tente novamente mais tarde!

Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.