O projeto de vida surgiu, nos últimos anos, como um novo componente curricular na Educação Básica, especialmente no Ensino Médio, no entanto, integrá-lo ao conjunto das disciplinas ainda tem sido um desafio, por isso, ele é vivenciado em uma pluralidade de configurações, além de seu conteúdo ser objeto de disputa por parte de diferentes organismos e tendências produtoras de discursos sobre os sujeitos e defensoras de políticas de identidade, que, por vezes, rivalizam. Este artigo de revisão bibliográfica, portanto, tem como objetivo discutir as possibilidades de realizar um trabalho pedagógico emancipador a partir dos temas relacionados ao projeto de vida, bem como contribuir para a formação da identidade política dos estudantes A pesquisa ligada à Educação Moral e à Psicologia da Educação, a seu turno, tem demonstrado que a reflexão sobre o futuro, o sentido da vida e o projeto de vida em uma perspectiva de serviço dedicado à comunidade e ao mundo tem o potencial de formar sujeitos comprometidos com a própria vida, com o progresso da sociedade, produtivos, criativos e profundamente livres. De modo que, na literatura consultada - trabalhos científicos produzidos na última década, tanto no Brasil quanto no exterior - percebeu-se papel significativo da participação juvenil em iniciativas e ações sociais e solidárias na definição dos projetos de vida menos egoístas, mas, ao mesmo tempo, esse olhar mais amplo e inclusivo sobre o próprio futuro é causa de atitudes mais assertivas e aplicações generosas dos próprios talentos por parte dos adolescentes e jovens adultos. Assim a escola e os educadores têm nas mãos um grande desafio: criar espaços e tempos para os estudantes experimentarem e protagonizarem ações altruístas e de impacto social e/ou ambiental, para tanto a colaboração de movimentos sociais é imprescindível.