A difusão em massa de histórias falsas (fake news) é um problema que caracteriza a comunicação na era digital. Associada à crise de credibilidade da imprensa tradicional, é capaz de interferir desde em relações interpessoais até em campanhas e sistemas políticos ao redor do mundo. A educação é prática mediadora dos processos produtivo, político, ideológico e cultural. Este artigo de revisão teórica tem como objetivo pensar práticas educomunicativas na Educação Profissional e Tecnológica (EPT), a partir das ideias de ensino-aprendizagem propostas por três autores construtivistas: Antoni Zabala, Paulo Freire e Lev Vygostsky. Também articula essas ideias com as noções de aprendizagem criativa e educomunicação, além de analisar práticas de educação midiática aplicadas nos últimos anos em escolas de Ensino Médio brasileiras. Observa-se que a EPT, em sua concepção de ensino integral, deve abranger educação midiática crítica em um mundo mediado por tecnologias comunicacionais, sobretudo digitais. As ideias de Zabala e Freire contribuem para a elaboração de práticas que valorizem a autonomia dos estudantes. Já o pensamento de Vygostsky contribui para propostas educomuticativas que tenham a arte como instrumento de reflexão individual, bem como de transformação social. A educomunicação pode ser mais bem aproveitada na Educação Básica, oferecendo elementos técnicos e emocionais para que estudantes possam compreender o funcionamento da imprensa e das mídias digitais, em seus aspectos técnicos, sociais e políticos.