O trabalho apresentado é uma análise aos resultados dos cursos de capacitação do espaço de cultura Maker instalado em maio de 2022 no campus IFAL Maragogi. Este laboratório destina-se a proporcionar um ambiente de inovação, com recursos tecnológicos como impressoras 3D e kits de Robótica. Na pedagogia, a cultura Maker se encaixa na abordagem conhecida como "aprendizagem baseada em projetos", onde se enfatiza a criatividade, a experimentação, o trabalho em equipe e o aprendizado prático através de projetos tangíveis. É uma abordagem que incentiva os alunos a se tornarem "fazedores", colocando em prática suas habilidades e conhecimentos em disciplinas como ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática. Diversos autores têm defendido a introdução dessas tecnológicas na educação de adolescentes e jovens. Entre eles incluem: Seymour Papert, Mitchel Resnick, Paulo Blikstein, Sylvia Libow Martinez e Gary Stager. O projeto inicialmente foi concebido para atender estudantes, maiores de 16 anos, da rede pública estadual de ensino do município. Em um ano foram ofertados vários cursos de 20 horas em Internet das coisas, eletrônica básica, robótica, desenho 2D e impressão 3. Foi utilizada a Pesquisa Intervencionista, através de intervenções pedagógicas, acompanhamentos dos experimentos e avaliação dos modelos criados para verificar o impacto dessa intervenção, considerando três perspectivas distintas: i - os equipamentos e tecnologia disponíveis no projeto; ii - os contextos sociais e educativos dos envolvidos; e iii - as atividades e práticas desenvolvidas no projeto. A pesquisa foi realizada durante a aplicação dos cursos de impressão 3D no espaço 4.0 no IFAL Campus Maragogi, em 3 turmas diferentes, abrangendo 28 estudantes, entre novembro de 2022 e maio de 2023. Ficou evidenciado que para conseguir melhores resultados na aplicação de recursos tecnológicos é essencial que os estudantes tenham o básico em habilidades digitais antes de introduzir o uso de ferramentas mais completas e complexas