O objetivo desta publicação é relatar a estratégia de júri-simulado como um expediente que torna possível refletir sobre a ética na prática docente. A fim de levantar as questões pertinentes para realizar essa estratégia, debruçamo-nos sobre um estudo de caso que versa sobre uma possível aprovação indevida de uma aluna do 3.º ano do Ensino Médio, o que permite debate sobre a conduta ética do professor nesse contexto. A base teórica é formada por proposições de Kant (2005), Aristóteles (1973), Oliveira (2004), Silva, Ishii e Krasilchik (2020) e Brasil (1996). Esta é uma pesquisa qualitativa (Bortoni-Ricardo, 2008), comprometida com a práxis freiriana (Freire, 2013), de cunho exploratório (Gil, 2002) e com encaminhamento metodológico da pesquisa bibliográfica e do estudo de caso (Gil, 2002, p. 55), cujas estratégias voltaram-se para o júri-simulado (Anastasiou; Alves, 2004). Por fim, após a análise da situação em questão, consideramos que a atitude do professor foi ética, tendo em vista concepções de ética aristotélica comprometida com a felicidade interposta às concepções e reflexões teóricas kantianas, que versam sobre a ligação entre a ética e a razão, e a interpretação da atividade docente proposta por Silva, Ishii e Krasilchik (2020).