O objetivo deste trabalho é mostrar o paradoxo entre o machismo da educação cívico-militar na ETI Pe. Josimo Tavares, Palmas-To, e o direito ao livre desenvolvimento das meninas, considerando que a disciplina militar vem acompanhada de abordagens com falas machistas e misóginas que impactam negativamente sobre elas e vão contra todas as orientações dos estudos feministas, que preconizam a luta das mulheres por autonomia e pelo fim da violência (hooks, 2021). O trabalho foi realizado mediante uma abordagem etnográfica que se pautou na observação direta dentro de um período determinado, compreendendo a rotina escolar na sua totalidade de ambientes, permitindo aos pesquisadores vivenciarem, registrarem e interpretarem o fenômeno e atribuir-lhe um significado patriarcal. O modelo cívico-militar é autoritário e as meninas são constantemente constrangidas, reprimidas e oprimidas por abordagens masculinas com foco no seu comportamento. A observação direta dessas relações de gênero na escola permitiu verificar que a educação do modelo cívico-militar reprime e oprime, mas não educa no sentido pedagógico da palavra.