MACÊDO, Cibério Landim et al.. Doença de parkinson: novas perspectivas de tratamento. E-book X CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2024. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/105342>. Acesso em: 23/11/2024 23:17
A Doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurodegenerativo do sistema nervoso central, caracterizado pela perda de neurônios dopaminérgicos da substância nigra que provocam sintomas cardinais motores que vão desde tremor de repouso e rigidez até bradicinesia. Possui etiologia multifatorial, decorrente de fatores genéticos e ambientais, que podem atuar isoladamente ou em associação com os efeitos do envelhecimento. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1% da população mundial é diagnosticada com a DP acima de 65 anos, o que corresponde a cerca de 5 milhões de pessoas. Além disso, OMS vem procurando possibilidades terapêuticas para o tratamento da DP, incluindo a necessidade do uso de plantas medicinais, como a Cannabis sativa, conhecida pelo seu grande potencial medicinal. Desse modo, realizou uma revisão integrativa nas bases Pubmed, Scielo e Science Direct, incluindo artigos publicados nos últimos cinco anos, em português e inglês, sobre as novas perspectivas de tratamento da DP e utilizou-se como descritores: Doença de Parkinson, novos tratamentos e idosos. Em consequência da ineficácia a longo prazo e os efeitos adversos dos fármacos popularmente utilizados no tratamento da DP, novas terapias vêm ganhando espaço, entre elas, a o uso de Canabidiol. Os efeitos dos canabinoides são descritos como: cardiovascular, neuroprotetor, antiepilético, anti-inflamatório e imunossupressor, bem como efeitos benéficos na ansiedade, depressão, representando uma melhor qualidade de vida no portador DP. Em uma perspectiva geral, estudos mostraram diversos modelos de DP que comprovam que o canabidiol dispõe de características antiparkinsonianas. Ainda que tenha evidenciado desfechos favoráveis em estudos pré-clínicos e em estudos clínicos, esses desfechos até agora não são capazes de certificar a utilização desse canabinóide em pacientes com Parkinson. Uma amostra maior de análises controladas deve ser realizada com diversos doseamentos para comprovar os resultados existentes.