O envelhecimento populacional é uma realidade atual no Brasil e no mundo e diante desse cenário as doenças crônicas não transmissíveis tendem a serem incidentes na pessoa idosa, entre elas as oncológicas. A dor e a fadiga são sinais clínicos vivenciados por pessoas em tratamento de câncer o que poderá gerar sentimentos de isolamento da pessoa idosa, como tristeza e isolamento. Com isso, a dor e a fadiga podem produzir repercussões físicas e psicológicas, afetando a vida dessa população. Objetivou-se avaliar a fadiga e a dor de pessoas idosas em tratamento oncológico. A coleta ocorreu de entre os meses de outubro a dezembro de 2019, em um Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia no município de João Pessoa, Paraíba, Brasil. Foi avaliado a dor a partir do Questionário de Dor de McGill Pain Questionnare que é dividido em partes, sendo no presente estudo utilizada a versão BR-MPQ e fadiga de pessoas idosas em tratamento oncológico a partir da Escala European Organization for Research and Treatment of Cancer QLQ-FA 13. Foi realizada análise estatística descritiva e inferencial pelo software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 22. Na avaliação dos domínios da escala de dor destaca-se que 68,0% dos pacientes apresentaram queixas de quadro álgico, com maior frequência de dor moderada (50,3). Para caracterizar a dor, de acordo com as dimensões sensorial-discriminativo evidenciou-se maior frequência na palavra cansativa (49,7%) da dimensão afetivo-motivacional. E a maioria dos participantes (92,7%) avaliados referiram fadiga. Na correlação do escore da fadiga com a dor e as suas dimensões, observou-se uma correlação positiva com significância estatística (p ? 0,05), evidenciando que o aumento da fadiga está correlacionado ao aumento da dor. Evidencia-se uma correlação entre dor e fadiga, indicando que quanto maior a dor maior a fadiga vivenciada pela pessoa idosa.