As alterações fisiológicas e patológicas que podem ocorrer com o processo de envelhecimento aumentam o predomínio de enfermidades agudas e crônicas e ocasionam a necessidade de cuidado à pessoa idosa. Esses cuidados, muitas vezes, são prestados por familiares quase sem preparo e voluntariamente, sem remuneração. Esse tipo de cuidado informal pode ocasionar problemas como ansiedade, depressão e contribuir para a diminuição da qualidade de vida do cuidador informal. Tais problemas tornam-se ainda mais agravantes quando o cuidador informal também é uma Pessoa Idosa. Sendo assim, o presente estudo possui como objetivo relatar os cuidados de enfermagem na assistência à pessoa idosa cuidadora informal a partir da experiência na disciplina prática de Saúde do Idoso. Trata-se de um relato de experiência desenvolvido a partir do atendimento à pessoa idosa cuidadora informal em uma Unidade Básica de Saúde, localizada no município de Campina Grande, Estado da Paraíba, durante o mês de maio de 2023. Para a coleta de dados, utilizou-se a Caderneta da Pessoa Idosa, a Escala de Zarit e um roteiro semiestruturado com base nas Necessidades Humanas Básicas proposto por Wanda Horta. Após a análise dos dados coletados, levantaram-se os problemas que subsidiaram o plano de cuidados de enfermagem, com diagnósticos de enfermagem e posteriormente o planejamento das intervenções com base nos resultados esperados. Para a assistência de enfermagem é relevante compreender o cuidado diante do binômio cuidador-idoso e interagir assertivamente com este familiar que cuida. A sobrecarga física e mental pode repercutir negativamente na saúde. Assim, a enfermagem deve estabelecer um plano de cuidado para quem cuida, destacando as necessidades que muitas vezes são ignoradas pelo próprio cuidador. Através da vivência, foi possível constatar que a enfermagem desempenha um papel essencial no cuidado individualizado ao cuidador informal.