O envelhecimento populacional é um fenômeno irrevogável no Brasil e no mundo segundo a OMS. Contudo, ainda prevalece uma visão da velhice a partir de marcadores heterossexuais e cisgêneros de forma que idoso(a)s de minorias sexuais e de gênero coexistem sob uma invisibilidade social quanto as suas vicissitudes, prevalecendo ainda um panorama hetecisronormativo sobre a velhice frente a uma velhice LGBTQIA+. Face a isto, abordar os aspectos que envolvem idoso(a)s LGBTQIA+ faz-se fundamental, sendo temática preponderante para áreas científicas diversas, como a Gerontologia e a Psicologia, quando o conhecimento dos aspectos psicossociais desse grupo ajudam a entender mais sobre suas idiossincrasias. Assim, objetivou-se aqui produzir uma análise psicossocial da velhice LGBTQIA+. Para tanto, se utilizou-se de uma revisão bibliográfica narrativa, que consiste em um tipo de investigação que visa aprofundar reflexões sobre uma temática pouco explorada, contudo sem o rigor de uma revisão sistemática, porém preservando o rigor científico a partir de livros e artigos. Denota-se da literatura investigada que as pessoas idosas LGBTQIA+ vivenciam condições díspares quanto ao acesso aos serviços de saúde, trabalho e nas relações familiares, sendo maior o sentimento de solidão e desamparo, que agravam condições de saúde física e mental. Tais fatores são encarados como desafios para o findar da vida entre essas pessoas, bem como demonstram que a velhice desse grupo é marcada por aspectos psicossociais singulares se comparados a de idosos heterossexuais e cisgêneros. Conclui-se que é salutar que estudos voltados para essa temática sejam realizados, bem como seja demandada maior atenção as intersecções entre gênero, sexualidade e velhice, que exigem esforços humanos, estruturais e educativos em torno da amplitude de temáticas gerontológicas.