MELO, Rosana Alves De et al.. Violência psicólogica contra idosos no brasil. E-book X CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2024. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/105386>. Acesso em: 21/11/2024 16:00
O envelhecimento populacional é uma realidade mundial e vem ocorrendo em ritmo acelerado, acarretando modificações nas políticas sociais e constituindo-se em grande desafio de Saúde Pública. Diante desse crescimento acelerado, verifica-se que os idosos sofrem diversos tipos de violência, sendo a psicológica uma das mais presentes, se caracterizando por agressão verbal crônica, incluindo palavras depreciativas que desrespeitam a identidade, dignidade e autoestima do idoso. Este estudo tem como objetivo descrever os casos notificados de violência psicológica praticada contra idosos segundo características demográficas e regiões geográficas do Brasil, entre os anos de 2018 e 2022. Estudo descritivo, com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, tendo os resultados analisados por meio da estatística descritiva em frequências absolutas e relativas. Observou-se que a região de maior número de agressões psicológicas aos idosos foi a região sudeste, seguida da região sul, sendo o ano de 2022 aquele com o maior percentual de registros, e as mulheres idosas as mais vitimadas. No ano de 2020 houve um decréscimo nos registros em todas as regiões, com exceção da região norte, que apresentou curva crescente em todos os anos. Com relação ao local de ocorrência, a residência da pessoa idosa foi o local de maior recorrência dessas violências, seguido da via pública, e a região sudeste aquela em que houve maior número de notificações em todos os espaços de ocorrência. Compreende-se que a violência psicológica é uma questão muito complexa, considerando as inúmeras consequências advindas de sua ocorrência. Assim, é necessário a conscientização da sociedade e dos gestores para proporcionar espaços capazes de instrumentalizar idosos para enfrentar as diversas manifestações cotidianas da violência psicológica, na esperança de que tais contextos possibilitem diálogos capazes de desnaturalizar e prevenir essas violências, ampliem o conhecimento coletivo acerca dessa problemática e direcionem políticas públicas direcionadas aos idosos.