SANTOS, Adeilma Machado Dos. . CONEDU - Educação e Relações Étnico-Raciais (Vol. 02)... Campina Grande: Realize Editora, 2024. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/105968>. Acesso em: 22/12/2024 13:44
O presente resumo, intitulado "'Tá na boca do povo': as cantigas de roda e as marcas da escravidão", objetiva refletir acerca da perpetuação das memórias escravistas acentuadas a partir das análises de quatro cantigas de roda – Sambalelê, Fui à Espanha, Pai Francisco, Plantei uma cebolinha no meu quintal –, passadas de geração em geração e que, através de letras e imagens infantis, atualizam os mecanismos que perpetuam o preconceito racial. Isso porque o discurso racista e, consequentemente, suas práticas utilizam-se de brincadeiras e momentos de descontração para se manterem vivos no imaginário social, salientando, desse modo, a urgência de pesquisas que descortinem o preconceito e que desmontem a normalidade do racismo. Para tanto, utilizamos como aporte teórico Kilomba (2019) e sua compilação de reflexões sobre o cotidiano do racismo; Moreira (2019) no que concerne à categoria Racismo Recreativo, bem como as relações entre racismo e humor amplamente utilizadas na mídia nacional; Almeida (2018) e suas discussões sobre o Racismo Estrutural e a consequente construção das noções de raça e racismo e, finalmente, Mbembe (2014) e seus estudos acerca da necessidade da descolonização mental no combate ao racismo global.