O presente trabalho tem por objetivo apontar os resultados da observação das discussões estabelecidas no grupo Vulva Fúcsia , como prática de emancipação das mídias hegemônicas e das amarras que pretendem separar em caixas pré-definidas os comportamentos exigidos na construção de gênero, militância feminista, feminismo negro e militância LGBT. Como esses espaços virtuais auxiliam no processo de organização, formação e mobilização, e, em quais espaços se faz real essa performance produzida nas redes sociais e quais estruturas ela consegue abalar no contra fluxo. Entendendo que a concepção de gênero, atualmente, não está apenas ligada à identidade e construção cultural, mas também perpassa pelas questões étnicas, de classe e territorialidades. O intuito desse projeto é analisar como as ações e movimentações nas plataformas virtuais são utilizadas para discutir gênero e sexualidade, fortalecendo a comunicação e rede de trocas, a fim de se reivindicar e garantir autonomia fora das corporações hegemônicas. O Vulva Fúcsia, através das redes sociais busca ampliar debates que envolvem as temáticas já anunciadas, como um coletivo e grupo de discussão virtual. O referido projeto reuni pessoas de diferentes partes do país que tem interesse de (re)pensar as relações de poder estabelecidas, na sua diversidade e dentro do próprio movimento.