Os estudantes com deficiência, no contexto da educação básica, continuam sendo categorizados como aqueles que são focos da intervenção de especialistas, não sendo incomum serem, nesse cotidiano, chamados de “alunos de inclusão”, termo que contradiz os conceitos apregoados em sua origem filosófica. Compreendemos que as concepções que os professores possuem sobre a deficiência é orientador das práticas a serem executadas no contexto escolar, o que demonstra a grande necessidade de contribuição do campo teórico dos Estudos da Deficiência na Educação (ESDE). A missão deste campo teórico, é promover o entendimento da deficiência a partir da perspectiva de um modelo social, que tira partido das tradições sociais, culturais, históricas, discursivas, filosóficas, literárias, estéticas e artísticas, entre outras, para desafiar os modelos médico, científico e psicológico da deficiência, à medida que se relacionam com a educação. No estudo proposto vislumbramos identificar os principais contextos pelos quais os profissionais da educação básica tiveram acesso às informações sobre deficiência, identificando quais informações obtiveram da família, dos espaços religiosos, do espaço formal de aprendizagem, das mídias e redes sociais. A pesquisa qualitativa on-line (Flick, 2009) revelou-se adequada, pois a investigação ocorreu em um curso de formação continuada organizado e ofertado pelo Laboratório de Educação Inclusiva - LEdI/CEAD/UDESC, na modalidade a distância, na plataforma Moodle, tendo como público os profissionais que atuam no contexto da educação básica de distintas redes de ensino. Os resultados apontam que ainda há uma fragilidade do acesso às informações nos espaços educacionais formais e que as redes sociais e as mídias televisivas são grandes influenciadoras da concepção de deficiência.