Este estudo visa aprofundar a compreensão dos possíveis impactos da maternidade solo sobre a vida das mulheres residentes no município de Igarassu/Pernambuco, bem como identificar os desafios intrínsecos enfrentados por essas mães. Embasado nas reflexões de Fontenelle (2020) e nos preceitos estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a pesquisa destaca a relevância das mães solo para o sustento familiar, ressaltando a imperiosidade de uma compreensão aprofundada de suas lutas. Utilizando uma abordagem qualitativa, o estudo empregou entrevistas detalhadas com um grupo representativo de cinco mães solo em Igarassu. As discussões abordaram diversos tópicos, incluindo finanças, equilíbrio entre vida profissional e familiar, além do suporte social e emocional. Os resultados obtidos revelaram uma série de desafios prementes, tais como obstáculos no acesso à educação e ao mercado de trabalho, bem como a falta de compartilhamento das responsabilidades financeiras, sociais e emocionais no âmbito familiar. Estes desafios, agravados pelo abandono parental, sobrecarregam as mulheres, tornando complexa a construção de uma vida saudável tanto para elas quanto para seus filhos. Diante disso, é de suma importância a criação de políticas e programas que apoiem as mães solos, incentivem o acesso a educação e a promoção de igualdade na divisão de responsabilidades familiares.