Nota-se que nos últimos anos a evolução da tecnologia transformou os hábitos da sociedade, inclusive na forma como aprendemos. A inserção de jogos para o desenvolvimento de novas habilidades se tornou algo intrínseco no nosso comportamento e que, também por isso, precisa ser uma fonte de inspiração para novas abordagens do ensino da matemática, disciplina com baixa popularidade entre os estudantes. Integrar esses dois universos, promove um ambiente de aprendizado positivo e colaborativo, no qual os alunos se sentem encorajados a explorar e experimentar conceitos matemáticos sem o receio de cometer erros, sendo motivados pelo desafio. Com base na Teoria Construtivista de Piaget, na qual se enfatiza que a construção do conhecimento ocorre mediante a interação com o ambiente, na Neurociência da Aprendizagem, que ressalta o papel crucial da atividade lúdica na promoção do engajamento emocional no processo de aprendizagem, e nas Metodologias Ativas da Aprendizagem, que colocam o aluno como protagonista do processo educativo, o presente artigo foi desenvolvido a partir das experiências vivenciadas por turmas de 8° e 9° ano do ensino fundamental em uma escola pública. Tal construção teve por objetivo utilizar a criatividade como ferramenta de combate ao desafio de promover um ambiente de aprendizado em um contexto caracterizado pela escassez de recursos materiais. Sem contabilizar os “romantismos” trazidos pela educação criativa, ao compartilhar a invenção e aplicação de jogos matemáticos tem-se como pretensão redefinir o sentimento que os estudantes possuem quanto ao ensino da matemática e inspirar novos educadores a estimularem seu senso inventivo através dos impactos trazidos dessa abordagem, demonstrando o aumento na motivação e no engajamento dos alunos, refletido em uma maior participação nas atividades e em uma atitude mais positiva em relação à disciplina.