Este trabalho é um recorte de pesquisa em curso e objetiva analisar como e quais rotas de escapes são forjadas por professoras e professores da rede de ensino de Caruaru no agreste de Pernambuco, para escaparem a presença e vínculos estabelecidos entre o setor privado e público nas políticas de formação professores(as) ofertadas na rede. Metodologicamente utilizamos indicações da etnografia - observação e entrevistas com professores /as além do diário e notas de campo. Considerando que há definições de formações que norteiam as propostas formativas, adotamos a perspectiva de formação inventiva (Dias 2010;2012;2014;2015) e Kastrup (2005;2020) e de formação experiência apresentada por Larrosa (2002, 2019) por entendermos que os autores nos ajudam a pensar outras dimensões da formação que são secundarizadas pela perspectiva predominante de formação continuada guiam pelos programas e projetos do setor privado. Embora pensar a formação continuada em suas dimensões técnicas, de conteúdos, metodologias, e sistematização de tempo e locais de sua oferta seja importante, temos procurado pensar a formação como uma experiencia que nos atravessa, pois pensa-la nesta perspectiva envolve pensar a escola como espaço tempo de formação continuada, e que professores(as) vão se tornando, ao deixarem-se contaminar pela docência sendo tocados por outras dimensões – ética, estética e política - que envolvem o seu exercício. Dimensões essas que configuram o compromisso com a educação, a escola, a docência e a formação. Até o momento percebemos que a relação público-privada acontece também como uma resposta da secretaria de educação na busca para superar os problemas educacionais da rede recorrendo a formação continuada ofertada pelas empresas privadas. O movimento observado confirma o que aponta Adrião (2012;2018) sobre privatização da educação pública e por outro lado desafia o professorado a criar rotas de escapes.