O impacto das experiências adversas na infância no neurodesenvolvimento e no desempenho acadêmico é um campo de estudo crucial para compreender as consequências de eventos traumáticos precoces na vida das crianças. Teorias psicológicas como a Teoria do Apego de Bowlby e o modelo Bioecológico de Bronfenbrenner fornecem um arcabouço conceitual valioso para entender como o ambiente familiar e social molda o desenvolvimento infantil. Pesquisas empíricas têm destacado a interconexão entre experiências adversas, como abuso, violência doméstica, separação dos pais e negligência, e as consequências no neurodesenvolvimento. Tais eventos traumáticos podem resultar em alterações significativas na estrutura e função cerebral, além de afetar o sistema neuroendócrino, que regula as respostas do corpo ao estresse. Essas mudanças neurobiológicas podem manifestar-se em dificuldades cognitivas, emocionais e comportamentais que impactam diretamente o desempenho acadêmico das crianças. Com isso, o objetivo do estudo é analisar o impacto das experiências adversas na infância no neurodesenvolvimento e no desempenho acadêmico, visando compreender as interações complexas entre fatores biológicos, psicológicos e sociais. Assim, fica evidente que o contato com cenários adversos na infância aumenta significativamente a probabilidade de desenvolver problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, bem como dificuldades de aprendizagem, incluindo déficits de atenção e memória. Além disso, tais experiências traumáticas podem desencadear comportamentos desafiadores, como baixo desempenho acadêmico, evasão escolar e repetição de ano. Esses padrões comportamentais não apenas refletem as lutas internas das crianças, mas também representam um ciclo desafiador que pode perpetuar-se ao longo da vida, a menos que intervenções adequadas sejam implementadas. Portanto, compreender o impacto das experiências adversas na infância não é apenas crucial para promover o bem-estar infantil, mas também é essencial para informar políticas e práticas que visam apoiar crianças em situações vulneráveis e criar ambientes seguros e estimulantes para o seu desenvolvimento saudável.