Este trabalho visa analisar como a Literatura e o cinema contribuem para o interesse na leitura dos livros adaptados e como essas adaptações literárias de Jorge Amado, especificamente, promovem práticas leitoras potentes a partir de projeções em sala de aula. Para tanto pensamos em pesquisar políticas públicas para as escolas e como ampliar as oportunidades educacionais, para que a lei seja cumprida. Objetiva também problematizar a experiência de introduzir filmes de adaptação de literatura como prática curricular complementar da inserção do cinema na escola, em cumprimento da lei 13006/14, que acrescenta § 8º ao art. 26 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a qual estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para obrigar a exibição de filmes de produção nacional nas escolas. Seguimos os autores que concebem o cinema na escola como hipótese de alteridade, (Bergala,); da experiência como base da educação, (Larrosa), da suspensão e do scholè, (Masschelein & Simons) e da adaptação fílmica, (Beliakova). Em diálogo com. esses autores, apostamos na importância de não reduzir o cinema na escola a uma mera transmissão de informação, mas sobretudo de políticas de cognição inventiva e sensível que produz subjetividade no ato de aprender e ensinar, diluindo a relação sujeito-objeto, e se definindo de modo não prescritivo, por regras já prontas, nem com objetivos previamente estabelecidos, conforme as pistas traçadas pelos estudos de Kastrup e Passos.