A formação inicial, conhecida graduação, exige tempo e dedicação quase absoluta dos estudantes, onde os mesmos devem ter horas livres na semana para estudo, pesquisa, escrita e participação em eventos, que muitas vezes não coincidem com o turno escolhido na matrícula, ademais muitos deles dividem a rotina universitária com a profissional e isso traz impactos relevantes para o seu desempenho. O presente estudo teve por objetivo investigar de que forma o rendimento acadêmico dos estudantes é afetado pelas horas semanais em seus respectivos empregos e pelo choque de horários. A pesquisa de abordagem quali-quantitativa, contou com a participação de 55 graduandos de licenciatura em ciências biológicas do IFMA - Campus São Luís Monte Castelo. Os dados foram obtidos através de formulário pelo Google Forms, de forma anônima. Diante do exposto, observa-se que 83% dos estudantes que fizeram parte da amostra, possuem vínculo empregatício. Destes, 95% relatam a não participação em eventos e projetos, além de sentirem o rendimento acadêmico afetado por conta da jornada de trabalho. Quando perguntados sobre sobrecarga mental e emocional, pela pressão em ter bons resultados no ambiente acadêmico e de trabalho, 88% dos discentes relatam a presença destes sentimentos, que incluem também ansiedade com 38%, estresse com 37% e frustração com 31%. Conclui-se neste estudo que a quantidade de tarefas exercidas fora do ambiente universitário espelha a realidade enfrentada por esses estudantes, trazendo um déficit no desempenho que se soma ou acarreta em problemas psicoemocionais, criando assim, um ciclo vicioso.