Este artigo se propõe a explorar a dimensão educativa da relação entre comunidades locais e o Geoparque Araripe, Estado do Ceará, evidenciando como a educação territorial pode servir como uma ponte para o desenvolvimento sustentável e a conservação ambiental. Partindo do pressuposto de que o território vai além de seu aspecto físico, envolvendo dimensões culturais, sociais e históricas, investigamos a potencialidade educativa do Geoparque Araripe, um sítio de relevante patrimônio geológico no Brasil. Adotamos como metodologia uma revisão bibliográfica, focada em literatura dos últimos cinco anos, que permitiu uma análise aprofundada. Este método possibilitou a compilação e a análise de estudos anteriores, documentos e relatórios de organizações ambientais, além de artigos acadêmicos que discutem tanto a educação territorial quanto os geoparques de uma maneira geral, com especial atenção ao caso do Araripe. Os resultados desta revisão apontam para a educação territorial como um instrumento eficaz na promoção de um vínculo mais forte e consciente entre as comunidades e seu meio ambiente. No caso específico do Geoparque Araripe, foi possível observar que as iniciativas de educação territorial não apenas aumentam o envolvimento comunitário e a valorização da identidade local mas também incentivam práticas de turismo que respeitam a conservação do patrimônio natural e cultural. Além disso, foi possível perceber a importância de estratégias educacionais que encorajam a conservação e a sustentabilidade, sugerindo que tais estratégias sejam integradas às políticas de gestão dos geoparques. Através dessa integração, é possível alcançar um desenvolvimento econômico que beneficie as comunidades locais, mantendo ao mesmo tempo a preservação dos recursos naturais e culturais. Concluímos que a educação territorial emerge como uma abordagem promissora para amplificar os impactos positivos dos geoparques, como o Araripe, ao engajar as comunidades na conservação do patrimônio e na busca por um desenvolvimento mais sustentável e inclusivo. Recomenda-se que futuras políticas e programas educacionais em geoparques incluam componentes de educação territorial, fortalecendo assim a conexão entre pessoas e paisagens.