O presente artigo visa caracterizar o Transtorno do Espectro Autista (TEA) por meio de uma revisão de literatura, destacando suas manifestações, critérios diagnósticos e as variabilidades na apresentação dos comportamentos entre diferentes grupos demográficos. Foca-se especialmente nas diferenças de gênero, enfatizando a subdiagnosticação em meninas devido a sintomas menos evidentes. Com base nessa caracterização investigou-se os impactos na educação e inclusão de crianças autistas, em especial as meninas. A investigação pauta-se numa abordagem qualitativa do tipo exploratória que empreendeu o estado da arte nas plataformas "periódicos CAPES", "Scielo", "Google Acadêmico" e "PUBmed", utilizando uma combinação das palavras-chave "masking", "camuflagem social", "autismo" e "meninas". As pesquisas encontradas foram selecionadas com base nos resumos e o aprofundamento teórico ocorreu através dos estudos nomeados de pesquisas-fontes, estes foram lidos em sua integralidade e selecionados devido maior familiaridade com o tema em foco. Concluiu-se que a subdiagnosticação em meninas ocorre devido à apresentação menos evidente dos sintomas e à habilidade de camuflagem social, o que leva a desafios adicionais na educação e no suporte adequado para essas meninas. A revisão destaca que os critérios diagnósticos contemplam a pluralidade do espectro, mas requerem um olhar adequado às manifestações de cada criança e nas intervenções educativas para melhor atender as especificidades no TEA.