A presente comunicação tem por objetivo fazer um breve mapeamento histórico de obras narrativas infantojuvenis que representam configurações familiares lgbtqia+na literatura brasileira contemporânea destinada aos leitores mirins e aos jovens. Referem-se aqui as configurações de sujeitos que se descobrem lgbtqia+ na infância e na adolescência e seus conflitos no espaço familiar e no espaço escolar e que buscam construir uma identidade e/ou situá-la. Também há discussões sobre as percepções dos filhos no que diz respeito aos relacionamentos com os pais numa relação familiarlgbtqia+. Livros como O peixe e o pássaro de Bartolomeu Campos Queirós; O gato que gostava de cenoura, de Rubem Alves; É proibido miar, de Pedro Bandeira; O Primeiro livro das diferenças de famílias e bandos, de Flávio Brebis; Olívia tem dois papais, de Márcia Leite; Meus dois pais, de Walcyr Carrasco; Eu tenho duas mães, de Márcio Martelli; Sempre por perto, de Anna Clara Ramos, Amor entre meninas de Shirley Souza, Menino ama menino, de Marilene Godinho e Sobre um garoto que beija garotos de Enrique Coimbra formam configurações familiares e grupos de relacionamentos lgbtqia+ e queer representados nesta recente produção literária infanto-juvenil brasileira. O referencial teórico está alicerçado em Tomáz Tadeu da Silva (2007), Jimena Furlani (2011), Cintia Maria Teixeira (2010), Bonnici e Zolin (2009), Paulo Roberto Iotti Vecchiatti (2008), Ana Margarida Ramos (2010) entre outros que estão no decorrer do artigo.