O presente artigo tem como objetivo, compreender o choque entre cultura desenvolvimentista e cultura tradicional, no povoado Manga-Maranhão. Para tanto, faz-se uma digressão investigativa ao passado, permitindo compreender os desafios que se colocam na sociedade contemporânea. Para seu desenvolvimento, optamos pela pesquisa bibliográfica, tomando por base o método histórico, e, sobretudo, a pesquisa empírica. Para isso a pesquisa de campo foi indispensável, articulando-se com as bibliografias estudadas, fizemos duas visitas ao povoado Manga-MA, para conhecermos sua cultura e seus valores e também como eles estão enfrentando a possível construção de uma Hidrelétrica Cachoeira. É preciso salientar que embora em fase embrionária de organização, há resistência, que se sustenta contra os argumentos desenvolvimentistas, a partir do papel da educação, e sua relação com a ameaça da construção da Hidrelétrica Cachoeira, pois a mesma está edificada na transmissão, circulação e apropriação do conhecimento educacional, face ao compartilhamento de pontos comuns e divergentes, sobretudo entre as relações com o rio, a natureza e a religião. Ou seja, a educação é instrumento importante para a preservação e revitalização dessas crenças religiosas e culturais. Com efeito, o sentimento de injustiça é que força a resistência do povoado Manga-MA, em movimento social para dialogar com o Estado, a fim de corrigir situações de iniquidade que acompanham historicamente cada grupo do país.