O presente trabalho tem por objetivo debater o conceito interepistemologicidade, como contribuição teórica e prática aos desafios que exige a decolonialidade do conhecimento científico para a educação, como tarefa histórica e política que deve sulear a formação docente em Améfrica. A partir de uma pesquisa bibliográfica crítica, em base a produção acadêmica de Enrique Dussel, Edgardo Lander, Catherine Walsh, Rafael Bautista Segales, Molefi Assante, Ailton Krenak, Boaventura dos Santos, Paulo Freire resgata-se para a educação perspectivas epistemológicas que desde diversos lugares sociais e de cultura e de cosmovisões não só colocam em questão a pretensão absolutista da ciência moderna eurocentrada, mas, o mais importante, oferecem conhecimentos legítimos e necessários para a melhor compreensão dos problemas que desafiam as realidades e a educação em AL. O debate torna-se pertinente para mostrar que a questão chave da decolonialidade do conhecimento científico para a educação exige uma ruptura com o formato disciplinar da ciência moderna e sobretudo com sua epistemologia e cosmovisão que marcam a sua colonialidade vigente nos centros de formação docente e de produção de conhecimentos científicos.