Esta análise visa discutir as propostas do Ensino Médio do Estado de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, mostrando como são divergentes e quais modelos são adotados para formação da juventude no Ensino Médio. Buscamos apresentar um breve recorte, acerca da dualidade apresentada pelas duas propostas de formação do Ensino Médio. Enquanto uma proposta tem foco na formação voltada para mundo do trabalho, temos a outra voltada para mercado de trabalho, que são expressas claramente nos documentos analisados. Procuramos realizar uma reflexão acerca das implicações destes dois modelos de formação, explicitando as divergências entre uma formação compreendida como politécnica e uma com características de uma formação polivalente. O Ensino Médio deve ser a base para preparação do indivíduo para o mundo do trabalho e não diretamente para mercado de trabalho. Deve buscar, de acordo com a LDB 9394/96 e as atuais Diretrizes Curriculares, uma formação integral e omnilateral. Nesta perspectiva, o jovem estaria apto ao trabalho e para a continuidade dos estudos de forma autônoma. A metodologia utilizada foi levantamento bibliográfico nos referencias teóricos de Kuenzer, Frigotto e Saviani, os quais elucidam que a formação educacional para mundo do trabalho é aquela que propõe apropriação de conhecimentos, desenvolvimento de hábitos intelectuais, prática laboral e habilidade em articular conhecimentos e atitudes, evidenciando que uma formação unilateral e polivalente, tal como proposta pelo Estado de Minas Gerais deva ser questionada e repensada, sendo que a proposta do Rio Grande do Sul mais se aproxima do Ensino Médio proposto pelas atuais Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio –DCNEM.