As cidades incrustadas dentro da Floresta sofrem transformações em seus espaços. Ambientes, antes secos, tornam-se inundados, o que altera o cotidiano de inúmeras pessoas que habitam a região. Parintins, município do interior do Amazonas, distante de Manaus a 420 km, tem sua realidade urbana alterada. Os bairros periféricos são as regiões que transformam-se com a cheia amazônica. Assim, este artigo analisa a construção da relação criança e infância em espaços urbanos afetados pela Cheia Amazônica, situação representada pelo município de Parintins, interior do Amazonas. Através dessa realidade, durante a disciplina Educação Ambiental do Centro de Estudos Superiores de Parintins (UEA), fez uma análise a fim de conhecer a realidade das crianças em meio às transformações do espaço acometidos pela Cheia. Para isso, realizou-se a investigação de campo, onde se pode observar e coletar os dados, sendo de natureza qualitativa, tendo como técnicas de pesquisa, entrevistas informais com as crianças no local e com uma mãe sobre os riscos na cheia. Assim, os sujeitos da pesquisa puderam contribuir de forma espontânea, expressando seus anseios em torno da relação Infância e Cheia Amazônica. A ausência de um lugar onde a criança possa brincar livremente, sem o receio de animais ou doenças, no período da Cheia Amazônica é preocupante. Infelizmente, reconhece-se que os impactos ambientais acontecem pelo uso irracional dos seres humanos, quando somente visa o lucro e o capital, esquecendo-se de conservar o meio ambiente e as riquezas do planeta.