Esse artigo é resultado de uma pesquisa de dissertação de mestrado, cujo objetivo centrou-se na contextualização do debate entre a relação trabalho, práxis e escola como elementos de uma formação revolucionária. Essa discussão parte de uma perspectiva incomum dentro do marxismo, tomando as contribuições de Marx por um aspecto programático, considerando não apenas a união trabalho e ensino como parte integrante da sua proposta de formação, mas também considerando a práxis e seu princípio educativo imanente. Nessa relação, estamos pondo em evidência a categoria práxis, considerando não apenas o trabalho como a categoria fundante do ser social, mas também o princípio educativo da práxis, numa relação interdependente que colabora para uma atualização do debate teórico marxista acerca da relação trabalho e práxis no processo de formação e desenvolvimento do ser social. Posteriormente, discutiremos o princípio pedagógico da Revolução Social e o papel da práxis político-educativa na formação dos laços revolucionários, compreendendo que é por meio dela que pode ocorrer a transformação do sujeito potencialmente revolucionário em efetivamente revolucionário. Para fins desse estudo, realizamos uma pesquisa bibliográfica acerca das categorias trabalho e práxis, tendo como foco de análise a práxis político-educativa por ela ser, do guarda chuva que compõe o conjunto da práxis humana, uma práxis que procura elevar a consciência da classe trabalhadora de classe-em-si para-si, na fase de lutas correspondentes tanto ao período pré-revolucionário, assim como o período da transição, não devendo ser, hipoteticamente, eliminada, numa possibilidade de ascensão ao um novo sistema social, tendo em vista que o exercício político dos indivíduos não devem acabar numa sociedade emancipada.