A palma forrageira (Opuntia ficus indica Mill) é uma importante fonte de alimentação para animais, tendo em vista que fornece ótima disponibilidade em períodos de seca no semiárido, possui ainda um bom coeficiente de digestibilidade da matéria seca e elevada produtividade. Entretanto, a palma forrageira possui baixo ter proteico quando comparada com outras forragens utilizadas como ração animal. Outro produto muito usado como fonte de alimentação animal pelos criadores é a vagem de algaroba, que é o fruto de um vegetal muito presente no semiárido nordestino chamado de algarobeira (Prosopis juliflora). Na tentativa de melhorar os baixos teores de proteína presente nas forragens os criadores recorrem ao uso de concentrados comerciais para suplementação proteica da dieta dos animais. O objetivo deste trabalho foi enriquecer proteicamente a palma forrageira e a algaroba por fermentação semissólida utilizando a levedura (Saccharomyces cerevisiae), para obtenção de um concentrado proteico de ração animal. As amostras de palma forrageira e algaroba utilizadas neste estudo foram coletadas no Sítio Malhada do Canto, município de Cuité, Paraíba. Com a finalidade de avaliar quantitativamente a influência das variáveis independentes: concentração de algaroba e concentração de levedura, sobre o aumento proteico, bem como suas possíveis interações com a realização mínima de experimentos, foi realizado um planejamento fatorial 32 + 1 experimentos no ponto central, totalizando 10 experimentos. A fermentação semissólida a 35 ºC da palma forrageira com inoculação de 5% de levedura proporcionou maior aumento proteico. Após 24 h de fermentação observou-se o maior aumento proteico 270,0% que correspondeu a aproximadamente 2,0% de proteína bruta. O experimento 7 (5% de levedura e 0% de algaroba) foi aquele que apresentou maior ganho proteico, que foi alcançado num curto período de fermentação (24 h). O emprego da levedura na fermentação semissólida da palma forrageira associada ao algaroba viabiliza a obtenção de um concentrado proteico, que poderá posteriormente ser utilizado como fonte alternativa de maior potencial proteico.